A edição do Diário de Notícias noticia hoje em primeira página que “1500 nomeados pelo Governo receberam subsídio de férias”, acrescentando que esse número é mais de dez vezes superior ao que foi revelado em Setembro passado. Nessa altura foi anunciado que tinham sido apenas 131 os assessores e especialistas dos gabinetes ministeriais admitidos pelo Governo que receberam subsídio de férias em 2012, mas agora foram acrescentados mais 1323 nomes de pessoas que foram nomeadas para outros organismos do Estado e que também receberam subsídio de férias. São os famosos boys! Assim, segundo o Diário de Notícias, “o total dos boys que beneficiaram desta excepção ao cumprimento do OE 2012 ascende a 1454”, isto é, houve quase 1500 pessoas nomeadas pelo actual governo que receberam subsídios de férias em 2012, contrariamente ao que aconteceu com a generalidade dos trabalhadores da Função Pública, apesar da proibição decretada no Orçamento do Estado. Pode ser uma habilidade e não uma ilegalidade, mas é seguramente uma vergonha! Muitos destes assessores e especialistas são jovens recentemente saídos das universidades que nunca trabalharam, que se anicharam na Administração Pública sem concurso, que se instalaram nos gabinetes ministeriais com o seu cartão partidário para obterem a sua primeira experiência profissional, com salários da ordem dos três e quatro mil euros mensais e outras regalias. O Governo invocou que o subsídio pago era um direito adquirido em 2011. É caso para perguntar se os funcionários públicos e os pensionistas não tinham também esse direito adquirido muito antes de 2011? Lá se foram cerca de 765 mil euros dos nossos impostos. Como se vê, o ofício de assessor é um grande emprego e a austeridade não é para os amigos. É só para os outros.
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