As intervenções
que nos últimos dias foram feitas pelos responsáveis pela Economia e pelas
Finanças foram contraditórias, a revelar que o governo anda absolutamente
desgovernado e à deriva, pelo que o naufrágio pode estar eminente: uns querem o
fomento da indústria e a baixa do IRC, enquanto outros querem mais impostos e
mais austeridade. Ambos falam em consensos, mas na realidade ambos estão
seriamente atrapalhados.
Porém, ontem o
problema clarificou-se, quando o nosso primeiro falou ao país e veio dizer de
que lado estava, ao revelar-se um encarregado obediente e subserviente da troika que, sem olhar para o povo que o
escolheu, prossegue uma política de destruição do Estado e da economia
portuguesa. Não há dúvidas a esse respeito, como tantas respeitadas figuras do
seu partido têm salientado. Na realidade, o que ontem foi anunciado é um brutal
ataque aos funcionários públicos e aos pensionistas, mas também só vem criar
mais desemprego, mais recessão, mais emigração e mais pobreza. As medidas
avulsas antes anunciadas pelo álvaro para estimular o crescimento, o emprego e
o tecido industrial duraram poucos dias.
Não se aguenta
mais esta falta de rumo e esta desorientação, nem esta mentira continuada de
que não há alternativas, nem “mais aumento de impostos” e que as coisas estão a
correr bem. Tenham vergonha! Parem com esta tragédia! Deixem-nos!
Não houve uma
palavra de esperança, nem foi deixada uma ideia sobre crescimento económico ou
sobre o combate ao desemprego, nem uma sugestão para o relançamento da
economia, nem uma mensagem de esperança, nem uma palavra de conforto para
aqueles que estas políticas têm conduzido para a pobreza. O que ontem foi
anunciado é uma vergonhosa submissão à troika,
um brutal acréscimo de sacrifícios e uma vingança ao chumbo do Tribunal
Constitucional.
O passosgasparismo afunda-nos e revela-se
trágico, enquanto Belém assobia para o lado.
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