domingo, 31 de agosto de 2014

A barca governamental anda à deriva

O mês de Agosto é um período de várias semanas de férias que está a chegar ao fim. Como acontece sempre, o país parou, as praias receberam multidões e os governantes foram a banhos. As escolas e os tribunais estiveram encerrados. O futebol descansou. O enxame de comentadores televisivos também esteve de férias. O país pareceu andar à deriva, com o governo escondido e a continuar o seu discurso mentiroso, como sucedeu uma vez mais no caso BES.
Agora o país regressa à normalidade e aos poucos regressam os políticos, os comentadores e “as malabarices de Passos”, como se refere o semanário Expresso à acção governativa. Um dos regressados foi o comentador Mendes que, depois de ter sido a corneta do governo, parece ter entrado na penumbra depois de ter anunciado a solução para o BES antes de tempo. Não soube guardar segredos e não lhe vão perdoar isso. Vai daí, reagiu e decidiu-se por uma pequena vingança. Ontem, no seu espaço de comentário na SIC, o comentador Mendes denunciou o “assalto fiscal” que o governo  tem conduzido, afirmando que “o IRS entre 2011 e 2014 teve 25 agravamentos”, que no mesmo período ”o IRC sofreu 12 agravamentos” e que  “houve 17 casos em que aumentaram taxas e impostos directos”. Se a este assalto fiscal somarmos o descontrolo da despesa pública, os inúmeros orçamentos rectificativos, a falta de investimento produtivo, a dívida pública de 134% do PIB, a persistência de um elevado desemprego e a desmotivação que tomou conta da Administração Pública, das Forças Armadas e de Segurança, dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos operadores judiciais e de tantos outros servidores públicos, temos a prova de que o governo é uma barca a navegar sem rumo e sem comandante. É uma barca à deriva.
Dizia o comentador Mendes que “o caminho não é este”. Ora aí está uma conclusão acertada, embora tardia!

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