A guerra civil da
Colômbia terminou, segundo anunciou El Heraldo. Era, provavelmente, uma das mais antigas guerras do nosso
planeta, que alguns consideravam ter sido iniciada em 1948 e outros em 1964.
Durou muito tempo. Foi meio século de guerra fratricida em que morreram cerca
de 220 mil pessoas e que fez mais de seis milhões de refugiados dentro das
fronteiras colombianas. O acordo de paz foi assinado em Havana entre o governo
colombiano de Juan Manuel Santos e as FARC – Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia, depois de quatro longos anos de negociações.
Este acordo é um marco
importante na vida da Colômbia, mas ainda não resolve o problema. É apenas um
primeiro passo, embora muito importante. Calcula-se que as
FARC tenham um contingente armado de cerca de dez mil guerrilheiros que agora
vão ser reintegrados, mas há muitas dúvidas quanto à possibilidade dessa
reintegração, pois muitos deles são homens e mulheres que não conheceram outro
cenário de vida para além da selva e da guerrilha, havendo também muitos que foram
raptados e forçados a ser guerrilheiros. Porém, para além das FARC ainda há
outros grupos armados a actuar na Colômbia, uns de esquerda e outros de
direita, eventualmente ligados ao negócio da droga, o que pode vir a complicar
o processo de paz.
Há que ter
confiança. Depois de cessarem os combates e os raptos, há que sarar as feridas. Os colombianos desejam o fim do
sofrimento, da dor e da tragédia da guerra e, certamente, vão perdoar-se dos
seus excessos. No próximo dia 2 de Outubro o povo da Colômbia vai votar num
referendo para aceitar ou rejeitar o acordo de paz assinado entre o governo e
as FARC. Só pode ser mais um reforço do processo de paz.
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