Foi inaugurado ontem
em Lisboa o novo Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia que resultou de uma
iniciativa da Fundação EDP e que a publicidade e a imprensa já consagraram pela
sigla maat.
Localizado na
margem do rio Tejo na zona de Belém, o maat
foi desenhado pela arquitecta britânica Amanda Levete e traz novas formas
arquitectónicas à cidade de Lisboa, alinhando-se na mesma zona da cidade com
outras expressões da arquitectura contemporânea, como são as instalações da
Fundação Champalimaud concebidas pelo arquitecto goês Charles Correa e o Museu
Nacional dos Coches desenhado pelo arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha.
Esta zona histórica da cidade onde se encontram alguns dos mais simbólicos
monumentos portugueses que evocam o nosso passado histórico, fica agora enriquecida com mais uma construção moderna, futurista
e de grande qualidade arquitectónica, que valoriza a cidade de Lisboa e que tem
características para se tornar uma referência no circuito internacional da arte
contemporânea, para além de ser um novo e sofisticado miradouro sobre o Tejo.
A EDP e a sua
Fundação estão de parabéns por esta iniciativa cultural e aqui fica registado o
meu aplauso, com base naquilo que a televisão nos mostrou e os jornais escreveram, porque só mais tarde visitarei este novo equipamento cultural.
Porém, os jornais
dizem que o maat custou 20 milhões
de euros. Assim sendo, esta obra custou apenas 2% do lucro anual da EDP que,
habitualmente, atinge mais de mil milhões de euros. Nessas circunstâncias, os
merecidos louvores à EDP têm que ser controlados, até porque todos esses lucros
resultam da prática continuada e abusiva de preços exagerados que a EDP pratica
nos seus fornecimentos de energia aos consumidores. Por isso, a EDP não exagerou na sua generosidade cultural, pois limitou-se a devolver à fruição dos cidadãos uma parte daquilo que mensalmente lhes tinha retirado.
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