Apesar
da imprensa portuguesa andar distraída e não mostrar interesse nos
surpreendentes resultados económicos positivos do ano de 2016, sobretudo no que
respeita à redução do défice público, à contenção da dívida externa, à redução
do desemprego e ao crescimento económico, houve quem tivesse salientado a
grande quebra no investimento como aspecto negativo. Porém, todos deveriam
saber, incluindo a oposição ao actual governo, que as intenções de investimento
dos agentes económicos não dependem da vontade dos governos e que requerem
tempo para que os agentes económicos realizem estudos de vária ordem para
preparar a tomada de decisões.
Hoje,
ao folhearmos o Faro de Vigo, fomos confrontados com a notícia de que irão ser
investidos 430 milhões de euros no porto de Leixões para melhorar a sua
competitividade e para o converter no porto de referência do noroeste
peninsular. Segundo diz o jornal na sua primeira página, "o governo luso lança-se na liderança da região galaico-portuguesa".
Esse
investimento decorrerá até 2026, prevê a construção de um novo terminal de
contentores para duplicar a actual capacidade disponível e, em termos financeiros, utilizará
fundos públicos, contributos comunitários e uma forte participação da
iniciativa privada. É realmente um grande investimento que irá dinamizar a
região norte do nosso país. Recorde-se que em Julho de 2015 foi inaugurado o novo
Terminal de Cruzeiros que, além de ser uma notável obra de arquitectura
assinada pelo Arquitecto Luís Pedro Silva, também fez aumentar em cerca de 50%
o número de navios de cruzeiro e de turistas que visitaram Leixões. Significa
que, nestas coisas do investimento, o papel dos governos é importante mas não é
suficiente, como se vê neste caso em que tudo resulta do dinamismo e do
entusiasmo da APDL. Viva a APDL!
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