Na
passada segunda-feira na cidade da Praia realizou-se a IV Cimeira entre
Portugal e Cabo Verde, na qual foram discutidos assuntos de interesse comum. As
questões financeiras dominaram a Cimeira e estão bem presentes no Programa Estratégico de Cooperação (PEC), que vinha
sendo negociado e que foi rubricado entre António Costa e Ulisses Correia da
Silva. O jornal Expresso das Ilhas chamou-lhe “A
Cimeira dos afectos” porque se multiplicaram as declarações de amizade produzidas
por ambas as partes e dedicou a sua primeira página ao acontecimento.
À margem da Cimeira, o Primeiro-Ministro português
foi recebido pelo Presidente da República Jorge Carlos Fonseca, inaugurou a
Escola Portuguesa na cidade da Praia e contactou com a comunidade portuguesa.
Embora
esta Cimeira pareça ser mais uma acção de rotina da diplomacia portuguesa, o
facto é que serviu para lembrar às duas partes que "a relação entre
Portugal e Cabo Verde é única, se funda na afectividade e na concretização de
objectivos comuns", como declarou o primeiro-ministro português. Na
realidade, se no campo da Lusofonia existem evidentes elos de afectividade que
a História e a Língua criaram entre os vários países, esses elos são porventura
mais fortes entre os portugueses e os caboverdianos, até porque não haverá
português que não aprecie as mornas e a cachupa, nem caboverdiano que não seja
do Benfica ou do Sporting.
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