O 25 de Abril que os poetas cantaram e que
o povo aclamou nas ruas, aconteceu há 43 anos. Nesse inesquecível dia, a que
Sofia de Melo Breyner chamou o “dia inicial inteiro e limpo”, foi derrubado um
regime político que oprimia o povo e reprimia os seus adversários, que
persistia numa guerra injusta e prolongada, que estava isolado
internacionalmente, que se conformava com o subdesenvolvimento económico e
social e que apostava no obscurantismo cultural.
O Jornal
do Fundão destacou-se na luta contra o antigo regime e, depois do 25 de Abril, esteve sempre na primeira linha da defesa dos ideais da liberdade e da democracia, pelo
que aqui o apresentamos como um símbolo de coerência e de liberdade.
Os 43
anos que decorreram desde 1974 traduziram-se num enorme progresso económico e
social da sociedade portuguesa, num espectacular avanço nos campos da educação,
da saúde e das infraestruturas, na melhoria da qualidade de vida e do
desenvolvimento cultural da nação portuguesa, para além da sua integração na
Europa e da recuperação do seu lugar no plano internacional.
Os
objectivos do movimento de militares que planeou e realizou o 25 de Abril foram alcançados, isto é,
concretizou-se a Democratização, realizou-se a Descolonização e promoveu-se o
Desenvolvimento. A geração do 25 de Abril
pode orgulhar-se do serviço que prestou ao país, pois soube interpretar os
anseios do povo e foi capaz de abrir as portas para que o nosso país fosse melhor
e mais próspero.
Pergunta-se
muitas vezes se tudo correu bem e é evidente que não, havendo quem defenda que
ainda há uma parte do 25 de Abril por
cumprir. De facto, o peso da herança recebida, o excesso de entusiasmo, as
rivalidades políticas, a submissão aos mercados financeiros, os contextos internacionais e muitos erros próprios, não
permitiram que fossem completamente alcançados os níveis de desenvolvimento
desejados. Assim, ainda encontramos faixas da sociedade, ou sectores económicos,
ou regiões periféricas, onde ainda prevalecem índices de desenvolvimento
insatisfatórios e onde se verificam situações inaceitáveis de pobreza, de desigualdade
ou de desemprego, bem como algumas condenáveis práticas de corrupção e de autoritarismo.
Por isso, é preciso que o ideal libertador e de progresso do 25 de Abril chegue a toda a gente, a
todos os sectores e a todas as regiões. Viva o 25 de Abril!
25 de Abril sempre!!!
ResponderEliminarO 25ABR não foi um acto que, embora faça todo o sentido comemorar, morreu no tempo e que apenas ficou só no calendário. Não, foi antes um abrir caminhos a todos aqueles que façam questão de prosseguir e pugnar pelos mais nobres Valores da Humanidade.
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