Há três dias fotografei
o Arco da Rua Augusta e as decorações natalícias que ornamentam aquela rua, cada
vez mais movimentada sobretudo depois do turismo ter descoberto a cidade de
Lisboa e a tornou num centro internacional de cosmopolitismo.
Os contrastes da
fotografia agradam-me, bem como a simplicidade dos enfeites de Natal que se
aproxima e a visão da estátua de Dom José I, mirando o estuário do rio Tejo,
tudo sugerindo um ambiente calmo e acolhedor que, contudo, é só aparente. De
facto, o movimento naquela rua é intenso como nas estações do metropolitano na
hora de ponta. O turismo está a transformar a cidade e até induziu a
modernização do comércio e o marketing/comunicação que a acompanha, pelo que a
Rua Augusta se encheu de uma sinalética adaptada ao turista e de tabuleiros de
pastéis de nata ou de pastéis de bacalhau com queijo, para além das muitas
camisolas do Cristiano Ronaldo.
Nos últimos anos,
o turismo tem estado a atingir níveis que se aproximam do insuportável, mas tem
sido ele que tem sustentado o crescimento da economia portuguesa e tem apoiado
a convergência com a média da União Europeia, daí resultando também que a
prosperidade bateu à porta de muita gente. É um modelo de geometria variável
e não se sabe quanto tempo vai durar.
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