domingo, 8 de dezembro de 2019

A mudança climática já afecta o rio Tejo


O jornal Hoy que se publica em Badajoz destaca na primeira página da sua edição de hoje uma fotografia do chamado Embalse de Alcántara e escreve como título-legenda a frase - el cambio climático ya está aquí - acrescentando que a face mais visível do aquecimento global nesta região da Extremadura são as azinheiras que florescem em Dezembro, os sobreiros que estão em situação crítica, a significativa redução da passarada nos campos, o regresso de insectos que trazem vírus e a magreza dos animais devido à sua má alimentação e à sede. Porém, conforme mostra a fotografia publicada, é a falta de água a característica principal da situação por que passa a Extremadura e, em especial, a província de Cáceres, onde as temperaturas médias subiram 1,5 graus em relação aos registos do período de 1961 a 1990.
A barragem ou embalse de Alcántara foi construída no curso do rio Tejo a cerca de uma dezena de quilómetros da fronteira portuguesa e foi concluída em 1969, situando-se a cerca de 600 metros para montante da famosa ponte romana de Alcántara. A finalidade específica da barragem é a produção de energia eléctrica e, quando da sua construção, era a segunda maior reserva de água da Europa. Naturalmente, a barragem regula grande parte do caudal do rio Tejo, que é o maior rio da península Ibérica e esse é um problema que tem sido constantemente assinalado em Portugal, onde a falta de água no caudal do rio Tejo também está a originar grandes transformações e muitas preocupações. As autoridades portuguesas anunciam regulares consultas com as autoridades espanholas por causa do caudal do Tejo. Há que estar atento, negociar e pressionar nuestros hermanos. Nessa matéria não é necessária a acção da irritante Greta Thunberg, nem dos seus apoiantes.

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