O vulcão da ilha
Branca ou ilha Whakaari, que se localiza a cerca de cinquenta quilómetros da
orla costeira oriental da Ilha Norte da Nova Zelândia, entrou em erupção há
dois dias. A ilha tornou-se uma propriedade privada em 1953 e é desabitada, mas
apesar de ter um vulcão activo tornou-se um lucrativo negócio para o seu
proprietário pois recebe mais de dez mil turistas por ano, havendo viagens diárias
à cratera do vulcão. Desta vez os turistas foram surpreendidos com a súbita e
violenta erupção do Whakaari e, segundo revelou a primeira-ministra
neozelandesa Jacinda Ardern, na altura da erupção havia 47 pessoas na ilha. Os
serviços de protecção civil desencadearam imediatas operações de socorro com
sete helicópteros que resgataram a maioria dos turistas muito feridos e com
extensas queimaduras, havendo contudo seis mortos confirmados e ainda haja oito
desaparecidos.
A imprensa
internacional deu grande destaque à erupção vulcânica que aconteceu na Nova
Zelândia e, entre outros jornais, o The New York Times publicou uma
expressiva fotografia da ilha Branca e do seu vulcão.
Porém,
apesar das imagens do vulcão que nos chegam pelas televisões, a nossa atenção
está concentrada na costa ocidental da Europa, onde se verifica uma turbulência
quase vulcânica. Em Portugal há um
orçamento do Estado para aprovar, com a inevitável pressão das corporações e
dos sindicatos, em Espanha revela-se
cada vez mais complexa a tarefa de formar um governo em face da natureza das dificuldades, em França contesta-se nas
ruas a proposta de reforma do sistema de pensões que visa juntar 42 regimes
especiais de reforma num sistema universal e, finalmente, no Reino Unido vamos ter as eleições que
poderão resolver, ou não, o já estafado problema do Brexit. Ora aqui estão
situações de turbulência quase vulcânica que nos estão bem próximas.
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