No passado
domingo, dia 5 de Janeiro, o navio-escola Sagres
largou de Lisboa para a sua quarta viagem de circum-navegação que se prevê
demorar 371 dias e que está associada às comemorações do 5º Centenário da Viagem de Fernão de Magalhães.
O navio tem uma
guarnição permanente de 142 tripulantes, a que se juntarão em diferentes fases
da viagem os cadetes do 2º e 3º anos da Escola Naval para cumprirem as suas
curriculares viagens de instrução e, durante a longa viagem, o navio visitará
22 portos em 19 países, percorrendo cerca de 41 mil milhas.
A viagem cumpre
diversos objectivos, quase numa lógica de economias de escala, pois associa-se
às comemorações do feito histórico de Magalhães e Elcano, marca presença em
alguns espaços simbólicos da diáspora portuguesa, divulga a imagem de Portugal
nos países visitados e assegura a instrução dos cadetes da Escola Naval. Embora
seja muito repetida a afirmação de que o navio-escola Sagres é uma grande embaixada de Portugal ou um ex-libris do nosso
país, por ser verdadeira e exacta, tem que ser aqui reafirmada. Serão, como
sempre, muitos milhares de visitantes que serão recebidos a bordo do navio
português e as suas fotografias correrão mundo através das redes sociais e da
imprensa. É, por isso, uma grande jornada de promoção de Portugal no mundo.
Como nota
dissonante deste importante evento deve ser salientado que nenhum jornal
português destacou a notícia da largada do navio-escola Sagres, ao menos com uma fotografia de primeira página, o que
mostra a gritante mediocridade da generalidade da nossa imprensa. Se a partida
para uma volta ao mundo tão simbólica não é notícia, então também se espera
que, quando o Presidente da República visitar o navio, eventualmente no Japão,
não convide para a sua comitiva os jornais e os jornalistas que ignoraram a partida
do navio-escola Sagres e escolheram o jogo Sporting-Porto ou a falta de pediatras em Torres Vedras como notícias do dia. A viagem vai ser dura, mas vai ser muito gratificante. Que seja uma viagem feliz!
Que a Sagres tenha mar calmo e vento de feição. Sempre!
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