A conflitualidade e a tensão que se têm verificado
nos últimos meses entre o governo de Espanha e o governo regional da Catalunha,
parecem estar a entrar agora no caminho do diálogo institucional, coisa que não
acontecia nos tempos de Mariano Rajoy e de Carles Puigdemont. Depois das
intransigências de um e das tentativas de insurreição popular do outro, parece estar
aberto um caminho de sensatez e de diálogo, embora para alguns o governo de Pedro
Sanchéz esteja a ir longe demais e, para outros, se esteja apenas a abrir uma
porta.
O encontro entre
Pedro Sanchéz e Quim Torra, o presidente do governo regional da Catalunha, foi
cordial e dele saíu a criação de uma comissão bilateral para estudar as
reivindicações catalãs. Foi um bom passo. Num outro encontro entre Pedro
Sanchéz e Ada Colau, a presidente do município de Barcelona, surgiu o
reconhecimento da co-capitalidade cultural e
científica da cidade de Barcelona. Foi outro bom passo. Significa, portanto, que Madrid e Barcelona já estão a conversar.
O jornal La
Vanguardia refere hoje esta grande notícia mas, com fotografia de primeira página, também destaca a descoberta de uma
“Altamira catalana”. Trata-se de algumas grutas situadas em l’Espluga de Francolí (Tarragona), com cerca de um cento de
figuras gravadas na pedra que representam veados, cavalos, bois e alguns
símbolos abstractos, que terão cerca de 15 mil anos. Esta datação converte este
santuário da arte rupestre no mais antigo testemunho do Paleolítico na Catalunha, torna-o comparável às
grutas cantábricas de Altamira e é um dos mais antigos de toda a área
mediterrânica.
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