sexta-feira, 1 de maio de 2020

A crise aeronáutica e a retoma da Airbus

O jornal regional La Dépêche du Midi que se publica em Toulouse, a cidade do sul da França que é o mais importante centro de produção aeronáutico da Airbus, dedicou a sua última edição à crise por que passa o sector, numa época em que não há novas encomendas, em que muitos milhares de aviões estão parados e em que as companhias de aviação têm as suas finanças arruinadas por não terem receitas.
Ainda não se avista a luz ao fundo do túnel no que respeita à normalização da actividade aeronáutica mundial e, naturalmente, há uma absoluta incerteza quanto à retoma da produção industrial de aeronaves, porque não há nem vai haver procura nos tempos mais próximos. A Airbus passa por tempos difíceis e a cidade que “vive” da Airbus está verdadeiramente assustada, porque o desemprego é o cenário mais provável em todas as áreas industriais que participam na produção aeronáutica, bem como nas áreas que indirectamente lhe estão ligadas. O que se aproxima da cidade de Toulouse pode ser uma calamidade social e o principal jornal da cidade pergunta mesmo se a Airbus tem condições para descolar, pois não se antevê procura que possa dinamizar a capacidade de produção instalada e ocupar a força de trabalho que está ligada ao grupo.
É um desafio enorme que só começará a ser resolvido quando as companhias aéreas recuperarem os seus negócios ou quando os passageiros voltarem a encher os aviões, mas quando isso acontecer pode já ser tarde. Por isso, a cidade de Toulouse vive angustiada.

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