A judoca Telma
Monteiro triunfou ontem no seu combate final e, pela 6ª vez na sua carreira, tornou-se Campeã
da Europa de Judo na categoria de menos de 57 quilos. Foi um notável resultado
desportivo, embora a atleta tenha um tão vasto currículo de resultados desportivos
que, por vezes, a imprensa e a opinião pública a esquecem. No entanto, ela
ganhou uma medalha olímpica no Rio de Janeiro em 2016, foi vice-campeã mundial
por quatro vezes e foi Campeã da Europa por seis vezes, além de ter conquistado
mais três medalhas de prata e sete de bronze nesses mesmos Campeonatos da Europa. Hoje,
o jornal A Bola dedicou-lhe muito justamente a sua primeira página e
escreveu que Telma Monteiro “conquistou em Lisboa a sua 15ª medalha em… 15 Europeus”,
mas cometeu um lapso porque foram 16 medalhas em 16 Campeonatos da Europa.
Telma Monteiro
faz parte do grupo de 1.115 praticantes desportivos de alto rendimento, isto é,
aqueles que “obtém classificações e resultados desportivos de elevado mérito,
aferidos em função dos padrões desportivos internacionais”, que são
certificados pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ). Naturalmente,
os resultados desportivos que Telma Monteiro tem apresentado desde 2004,
justificam todos os apoios e benefícios que tem recebido do Estado, enquanto
praticante desportiva de alto rendimento.
Porém, a
existência de mais de mil praticantes classificados como “atletas de alta
competição”, que são abençoados pelo pote dos dinheiros públicos, parece-me um
exagero ou mesmo um abuso. Ficamos surpreendidos quando vemos que há 1.115
praticantes desportivos de alto rendimento em Portugal, alguns dos quais praticam modalidades como o automobilismo, a motonáutica, a orientação, o campismo, o golfe, o tiro, ou o
surf.
Portugal deve ser um país muito rico e eu não sabia disso.
Parabéns à Telma.
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