A notícia
espalhou-se através das redes sociais, mas também apareceu em alguns jornais,
caso de A Tribuna, da cidade brasileira de Santos: o Cisne Branco, o veleiro da Marinha do
Brasil, sofrera um acidente quando manobrava no porto equatoriano de Guayaquil,
tendo abalroado a ponte sobre o rio Guayas e sofrido vários danos, especialmente
no mastro principal, enquanto um dos rebocadores que auxiliava a manobra se afundou.
Não houve vítimas, mas chegou a temer-se que o navio fosse “engolido pela ponte”,
como se viu em algumas imagens que circularam na internet.
Segundo informou
a Marinha do Brasil, que está a apurar as causas da ocorrência, o insólito acidente
aconteceu devido à força da corrente e à inoperância dos rebocadores. No
entanto, o que aconteceu só pode ter resultado de erro humano e de imperícia do
comandante, pois a manobra de navios em espaços restritos ou em águas de fortes
correntes ou de turbulência requerem um estudo e um planeamento prévios. Numa
manobra destas nada acontece de imprevisto ou, como se diz na gíria, “está tudo
previsto”.
O veleiro Cisne Branco é um belo veleiro de 76
metros de comprimento e que arma 31 velas, tendo sido construído em Amesterdão
no ano de 2000, por ocasião das comemorações dos 500 anos da descoberta do
Brasil pela armada de Pedro Álvares Cabral. Tem uma guarnição de cinquenta
tripulantes e pode embarcar 31 cadetes em viagens de instrução, sendo utilizado
como “embaixada flutuante” em actividades de representação nacional e
internacional. Desta vez, essa função de representação no maior porto e cidade
do Equador correu mal e até há quem associe este acidente ao período
bolsonarista que o Brasil atravessa e que tanto o tem desprestigiado internacionalmente. Mas, como diriam os franceses, honni soit qui mal y pense...
Meu caro Adelino
ResponderEliminarA leitura deste teu post fez -me recordar um episódio vivido que, eventualmente , já terei contado ( a memória embora não fosse grande coisa já não é o que era )
Vai para muitos anos atrás, mas mesmo muitos, ocorreu, no bairro onde vivo, um acidente com um autocarro da Carris que, desgovernado, embateu numa das muitas árvores da rua imobilizando -se.
A maioria dos " mirones " entre os quais me incluía ( um acidente de viação era então, como aliás ainda hoje parece ser, " um acontecimento " ) associavam o acidente a uma eventual falha de travões ou a erro humano
Tal convencimento foi, desde logo, posto em causa por um dos presentes, habitual frequentador das cadeias políticas do regime
que, do alto do seu estatuto de reconhecido heroi, afirmava, sem qualquer hipótese de contraditório, que a culpa do acidente cabia única e exclusivamente ao governo
Não tendo atingido a razão de tal afirmação tentei, junto dele, o adequado esclarecimento
A explicação que me facultou tem -me servido muitas vezes para perceber algumas coisas que vou observando por aí
Disse - me ele então que se o governo não tivesse mandado plantar naquele local as árvores, o autocarro nunca teria embatido nelas
Abraço amigo do E. Gomes