O Brasil está de
luto porque um temporal acompanhado de chuva torrencial provocou fortes inundações
e deslizamento de terras de que resultaram 110 mortos e mais de 130
desaparecidos em Petrópolis, uma cidade situada na periferia do Rio de Janeiro.
Petrópolis é uma cidade histórica envolvida pelo belo Parque Nacional da Serra
dos Órgãos, que se caracteriza pelos seus picos arborizados e quedas de água, nela
se localizando o antigo palácio imperial de D. Pedro II, o filho do imperador
D. Pedro I e neto de D. João VI, bem como o Museu Imperial e a Catedral de São
Pedro de Alcântara.
É o local que, como nenhum outro, conserva a memória
imperial do Brasil, mas também é um sítio castigado ciclicamente com tragédias provocadas
por temporais. No ano de 2011 as chuvas torrenciais provocaram enxurradas de
lama e pedras que mataram pelo menos 918 pessoas em toda a região mas, apesar
disso, os sucessivos governadores do Rio de Janeiro não tomaram as medidas de
prevenção requeridas, incluindo a recuperação de encostas, o reflorestamento
das margens dos rios, a demolição de casas em locais de risco e a realização de
uma campanha de sensibilização da população para o problema.
Nada foi feito e,
por isso, a tragédia não foi inesperada como referiu a edição de ontem do jornal
O
Globo do Rio de Janeiro. A imprensa brasileira deu grande cobertura a
este doloroso acontecimento que levou a dor, o desespero e o luto à Cidade
Imperial, enquanto as televisões divulgaram impressionantes imagens da destruição e da desolação que se abateu sobre a cidade de Petrópolis.
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