O 4 de Julho ou
Dia da Independência é um feriado federal nos Estados Unidos que comemora a
data em que, no ano de 1776, os delegados das treze colónias rebeldes americanas
adoptaram a Declaração de Independência, um documento elaborado por Thomas Jefferson,
que veio a ser o terceiro presidente dos Estados Unidos. É um dia de grande
festa em que se celebra o nascimento da nação americana de formas muito
diversas, com grandes desfiles militares e sociais, fogos-de-artifício, concertos
e espectáculos, além de tradicionais e alargadas reuniões familiares. Porém, um
desfile do Dia da Independência que ontem decorreu em Highland Park, um
subúrbio a cerca de 40 quilómetros do centro de Chicago, no estado de Illinois,
foi interrompido por um tiroteio de que resultaram pelo menos seis mortos e 31
feridos. A edição de hoje do jornal Chicago Tribune destaca este acto
com o título “Holiday Horror” pois, mesmo em dia de festa nacional, a aterradora
e brutal violência armada não faltou, como vem acontecendo em escolas,
supermercados, igrejas e outros locais, como consequência de uma cultura de
violência e de uma política de livre venda de armas a particulares.
Recentemente, na
sua edição de 25 de Maio, o jornal Diário
de Notícias tinha noticiado que, desde o início do ano, pelo menos 17.196
pessoas tinham morrido baleadas, segundo a organização Gun Violence Archive,
incluindo homicídios e suicídios. Em média morrem
por ano 40.620 pessoas nos Estados Unidos vitimadas por armas de fogo o que significa
que acontecem 111 mortes violentas por dia.
No país que lidera o mundo, tanto económica
como tecnologicamente, há alguns aspectos civilizacionais que mancham a imagem
dos Estados Unidos e, seguramente, que a violência armada é um deles.
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