terça-feira, 5 de julho de 2022

A violência armada na grande América

O 4 de Julho ou Dia da Independência é um feriado federal nos Estados Unidos que comemora a data em que, no ano de 1776, os delegados das treze colónias rebeldes americanas adoptaram a Declaração de Independência, um documento elaborado por Thomas Jefferson, que veio a ser o terceiro presidente dos Estados Unidos. É um dia de grande festa em que se celebra o nascimento da nação americana de formas muito diversas, com grandes desfiles militares e sociais, fogos-de-artifício, concertos e espectáculos, além de tradicionais e alargadas reuniões familiares. Porém, um desfile do Dia da Independência que ontem decorreu em Highland Park, um subúrbio a cerca de 40 quilómetros do centro de Chicago, no estado de Illinois, foi interrompido por um tiroteio de que resultaram pelo menos seis mortos e 31 feridos. A edição de hoje do jornal Chicago Tribune destaca este acto com o título “Holiday Horror” pois, mesmo em dia de festa nacional, a aterradora e brutal violência armada não faltou, como vem acontecendo em escolas, supermercados, igrejas e outros locais, como consequência de uma cultura de violência e de uma política de livre venda de armas a particulares.
Recentemente, na sua edição de 25 de Maio, o jornal Diário de Notícias tinha noticiado que, desde o início do ano, pelo menos 17.196 pessoas tinham morrido baleadas, segundo a organização Gun Violence Archive, incluindo homicídios e suicídios. Em média morrem por ano 40.620 pessoas nos Estados Unidos vitimadas por armas de fogo o que significa que acontecem 111 mortes violentas por dia. 
No país que lidera o mundo, tanto económica como tecnologicamente, há alguns aspectos civilizacionais que mancham a imagem dos Estados Unidos e, seguramente, que a violência armada é um deles.

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