terça-feira, 5 de julho de 2022

World needs better leaders, diz Kissinger

O jornal USA Today, que é o diário de maior circulação por todo o território dos Estados Unidos, destaca na sua edição de hoje como principal notícia de primeira página, o tiroteio que ocorreu ontem durante o desfile do 4 de Julho em Highland Park, nos arredores de Chicago, de que resultaram “seis mortos e dúzias de feridos”. Porém, na mesma primeira página e com semelhante destaque, há uma referência a uma entrevista a Henry Kissinger em que o antigo secretário de Estado americano, agora com 99 anos de idade, diz que “world needs better leaders”.
A entrevista surgiu na sequência do seu 19º livro, uma obra de 499 páginas que foi lançada ontem em Nova Iorque e que tem como título Leadership: Six Studies in World Strategy. Nesse livro, Henry Kissinger mostra-se preocupado com o seu país e com o mundo, descrevendo o perfil de seis líderes que viveram tempos tumultuosos, mas que souberam ajudar a construir uma nova ordem mundial no século XX: Konrad Adenauer (Alemanha), Charles de Gaulle (França), Richard Nixon (Estados Unidos), Anwar Sadat (Egipto), Lee Kuan Yew (Singapura) e Margaret Thatcher (Reino Unido). Questionado sobre se actualmente vê algum líder comparável àqueles, capaz de enfrentar as exigências dos tempos actuais, Kissinger respondeu com uma única palavra “Não” e, após uma breve pausa, acrescentou “Doloroso”.
A propósito da Ucrânia, várias vezes tenho pensado que eram necessários melhores líderes que tivessem evitado a guerra, que negociassem o cessar-fogo, que evitassem a brutalidade das destruições e que travassem a escalada da guerra que nos pode levar a maiores tragédias. Porém, eles ficam-se pela “espuma dos dias”, ou por umas visitas a Kiev, permitindo que seja um funcionário de nome Stoltenberg que, em seu nome, atire gasolina para a fogueira. 
Henry Kissinger tem razão: “world needs better leaders”.

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