Terminou a primeira fase do Campeonato do
Mundo de Futebol com uma curiosidade, pois as três equipas que tinham vencido
os seus dois primeiros jogos, assegurando desde logo a passagem aos oitavos de
final – França, Brasil e Portugal – perderam o seu terceiro jogo. Contra todas as
previsões, a França perdeu com a Tunísia, o Brasil perdeu com os Camarões e
Portugal perdeu com a Coreia do Sul, provavelmente porque jogaram sem as
principais figuras das suas equipas, ou porque puseram-se a facilitar.
De entre as
dezasseis equipas apuradas para os oitavos de final, destacam-se as
dificuldades por que passaram a Espanha e a Argentina para seguir em frente, a
surpreendente passagem dos Estados Unidos e da Austrália, bem com as
eliminações da Alemanha, da Bélgica e do Uruguai. Das dezasseis equipas apuradas são oito europeias, duas africanas, duas sul-americanas, duas
asiáticas, uma americana e uma australiana, a mostrar que a Europa ainda domina
o futebol, mas que esse domínio já não é o que era. A selecção portuguesa está no grupo das
dezasseis que entram na nova fase do torneio e vai defrontar a Suíça, sendo bem
possível que siga em frente para alegrar todos os portugueses e, em especial,
aqueles que vivem longe e alimentam a saudade da sua terra com o futebol, o
bacalhau e pouco mais.
Porém, começa a ser preocupante a
obsessão dos jornalistas portugueses com o Cristiano Ronaldo e a sua vida, o
seu contrato, o que disse e o que não disse, os golos que marca ou que não
marca, como se fosse apenas ele a integrar a equipa nacional. É uma postura de
quase voyeurismo, de seguidismo doentio ou de um jornalismo de subalternos, que
só serve para destabilizar e perturbar o desempenho da equipa. Deixem o Ronaldo
em sossego e vamos confiar…
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