Na madrugada de
ontem, um terramoto de magnitude 7,8 abalou a Turquia e a Síria, provocando o
desabamento de muitas centenas de edifícios em diversas cidades de ambos os
países. É uma enorme tragédia para milhares de turcos e de sírios. Segundo é
referido pelas agências noticiosas, é um dos maiores sismos registados no mundo desde há
muitos anos, embora o balanço do desastre ainda esteja a ser feito. O número de
vítimas anunciado pelas autoridades tem vindo a ser actualizado, mas já estão
contabilizados mais de cinco mil mortes, vinte milhares de feridos e centenas
de milhares de desalojados, tanto nas cidades do sul da Turquia como nas áreas não
controladas pelo governo da Síria. Entretanto, “praticamente a cada dez
minutos” têm-se sucedido dezenas de réplicas com magnitudes em torno dos 3 e 4
na escala de Richter, o que perturba e dificulta as operações de socorro.
As imagens
transmitidas pelas cadeias televisivas mostram a enorme destruição provocada
pelo sismo e os esforços feitos pelas equipas de socorro para recuperar sobreviventes
soterrados nos escombros. Um jornal diário lisboeta escreveu hoje que "na Turquia é a maior tragédia desde 1939, no noroeste da Síria é pior do que a guerra".
Com a guerra e a
sua onda destruidora ali tão perto – antes no Iraque e na Síria e, agora, na
Ucrânia – o terramoto da Turquia vem mostrar-nos que os homens se devem poupar
à crueldade das guerras, pois que as tragédias naturais se encarregam de lhes
trazer o sofrimento e a desumanização da vida. De facto, as guerras podem e
devem ser paradas, enquanto “as forças da Natureza nunca ninguém as venceu”,
como escreveu António Gedeão no poema “Fala do homem nascido”.
A imprensa
internacional, tal como a imprensa turca, destacam a enorme tragédia humana e
patrimonial provocada pelo sismo, bem como a solidariedade da comunidade
internacional para com os países e as pessoas sinistradas, aqui se publicando a
imagem da capa da edição de hoje do Milliyet, um dos maiores jornais
diários de Istambul.
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