A edição de hoje
do diário Kuwait Times, que é o mais importante jornal em língua inglesa
de todo o golfo Pérsico, destaca como título de primeira página que, desde o
dia 7 de outubro de 2023, os Estados Unidos enviaram para as autoridades
israelitas 14.000 bombas de 2.000 libras, isto é, bombas de cerca de 907
quilogramas de grande poder destruidor pois “podem rasgar concreto e
metal espessos”.
Com base em
informações recolhidas em fontes oficiais, tanto em Washington como em Gaza, o
jornal informa que desde outubro de 2023, os Estados Unidos “transferiram pelo
menos 14 mil bombas MK-84 de 2.000 libras, mais 6.500 bombas de 500 libras,
cerca de 3.000 mísseis ar-solo Hellfire
de alta precisão, 1.000 mísseis destruidores de bunkers e 2.600 bombas de pequeno diâmetro para lançar do ar, além
de outros tipos de munições”. Este apoio atingiu 6,5 mil milhões de dólares e,
apesar dos apelos internacionais para que cessasse o apoio militar a Israel, o
jornal refere que “as quantidades anunciadas de fornecimentos militares sugerem
que não houve quebra significativa no apoio americano a Israel”.
Estas informações
estão em linha com o panorama de destruição na Faixa de Gaza, que as imagens
televisivas nos mostram, mas também com os anunciados 37.834 mortos, sobretudo
mulheres e crianças, anunciados pelas autoridades sanitárias de Gaza.
Como se conclui
das informações do jornal, a administração de Joe Biden está totalmente
alinhada com o regime de Benjamin Netanyahu e, portanto, é co-responsável pela
desproporcionada e cruel repressão que está a ser feita ao povo palestiniano.
Algumas declarações moderadoras de Joe Biden ou as múltiplas viagens de Antony
Blinken ao Médio Oriente, não são mais do que simples actos de propaganda e de
hipocrisia, embora tenham quem as apoie em algumas capitais europeias pois,
também elas, vendem armas a Israel.
Este mundo anda
mesmo muito perturbado…
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