domingo, 30 de junho de 2024

A origem das bombas que destruiram Gaza

A edição de hoje do diário Kuwait Times, que é o mais importante jornal em língua inglesa de todo o golfo Pérsico, destaca como título de primeira página que, desde o dia 7 de outubro de 2023, os Estados Unidos enviaram para as autoridades israelitas 14.000 bombas de 2.000 libras, isto é, bombas de cerca de 907 quilogramas de grande poder destruidor pois “podem rasgar concreto e metal espessos”.
Com base em informações recolhidas em fontes oficiais, tanto em Washington como em Gaza, o jornal informa que desde outubro de 2023, os Estados Unidos “transferiram pelo menos 14 mil bombas MK-84 de 2.000 libras, mais 6.500 bombas de 500 libras, cerca de 3.000 mísseis ar-solo Hellfire de alta precisão, 1.000 mísseis destruidores de bunkers e 2.600 bombas de pequeno diâmetro para lançar do ar, além de outros tipos de munições”. Este apoio atingiu 6,5 mil milhões de dólares e, apesar dos apelos internacionais para que cessasse o apoio militar a Israel, o jornal refere que “as quantidades anunciadas de fornecimentos militares sugerem que não houve quebra significativa no apoio americano a Israel”.
Estas informações estão em linha com o panorama de destruição na Faixa de Gaza, que as imagens televisivas nos mostram, mas também com os anunciados 37.834 mortos, sobretudo mulheres e crianças, anunciados pelas autoridades sanitárias de Gaza.
Como se conclui das informações do jornal, a administração de Joe Biden está totalmente alinhada com o regime de Benjamin Netanyahu e, portanto, é co-responsável pela desproporcionada e cruel repressão que está a ser feita ao povo palestiniano. Algumas declarações moderadoras de Joe Biden ou as múltiplas viagens de Antony Blinken ao Médio Oriente, não são mais do que simples actos de propaganda e de hipocrisia, embora tenham quem as apoie em algumas capitais europeias pois, também elas, vendem armas a Israel.
Este mundo anda mesmo muito perturbado…

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