Os estados
americanos do Texas e da Louisiana têm estado sob os efeitos devastadores da
passagem do ciclone tropical Harvey e,
segundo mostram as imagens que nos chegam pelas televisões, há extensas zonas
inundadas e muitas habitações destruídas. A cidade de Houston, que é a cidade
mais populosa do Texas e a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos
suportou ventos ciclónicos e em quatro dias fortes chuvadas que atingiram 127 centímetros de
altura e inundaram extensas áreas da cidade.
A imprensa
americana, nomeadamente o diário Houston Chronicle, tem considerado
esta crise como uma calamidade impiedosa, pela destruição material provocada e
pelas mais de duas dezenas de mortes que provocou.
Os furacões
gerados no golfo do México que historicamente atingem o território americano,
não resultam de circunstâncias meteorológicas novas, mas a sua ocorrência não pode
ser separada da problemática das alterações climáticas ou, pelo menos, será
essa a percepção de muita gente que não entende de meteorologia. Por isso, não
deixa de ser curioso que os Acordos de Paris assinados em Dezembro de 2015 para
travar as emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento
global e por muitas alterações ambientais, tivessem sido denunciados por Donald
Trump, quando decidiu unilateralmente
abandonar os compromissos de Barack Obama assumidos nos Acordos de
Paris.
Perante a
calamidade provocada pelo Harvey,
muitos americanos até vão pensar que tudo resultou da decisão do Donald.