Benjamin
Netanyahu foi às Nações Unidas enquanto os seus aviões bombardeavam o Líbano, com
brutalidade e sem qualquer respeito pela lei internacional, nem pelos direitos
humanos e sem qualquer piedade para com o povo libanês, com o pretexto de anular o líder
do Hezbollah. Houve muitos apupos e Netanyahu foi vaiado no edifício das Nações
Unidas por muitas delegações, verificando-se o extraordinário caso de um homem
que tendo um mandato de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional por
crimes de guerra, se pavoneou com ameaças perante a assembleia do mundo. Como se dizia antigamente: "ao q'isto chegou".
O seu discurso foi
agressivo e de uma arrogância intolerável, ignorando os apelos de meio mundo
para que se contivesse e ameaçando todos os seus vizinhos, incluindo a Turquia
que é membro da NATO e, naturalmente, o Irão. O jornal El País publicou hoje uma fotografia
de Netanyahu a discursar em Nova Iorque, em que se pode observar a sua
agressividade verbal e o seu ar ameaçador.
Há cerca de dois
meses Netanyahu tinha sido ovacionado no Congresso dos Estados Unidos, onde
agradeceu o apoio de Joe Biden e afirmou que “as mãos do Estado judaico nunca
serão algemadas”. Agora voltou a encostar-se ao apoio americano, falando como
se estivesse em casa, o que é um atropelo às boas normas das relações
internacionais. A desfaçatez e a brutalidade do fanático ditador israelita
impressionam e mostram como a liderança americana do mundo já não é o que era,
pois Washington está dominada por falcões e não consegue moderar a crueldade de
Netanyahu nesta guerra e lhe continua a fornecer o armamento, as munições, os
aviões, a tecnologia e todo o apoio de que carece.
Este mundo é
realmente complexo e, mais do que o conflito russo-ucraniano que parece uma
guerra civil, o Médio Oriente é cada vez mais um barril de pólvora alimentado
pela cegueira dos políticos e pelas indústrias do armamento.
Cada dia é mais
difícil ser-se optimista em relação ao futuro.