A missão externa da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do FMI em Atenas aprovou ontem o sexto pacote de oito mil milhões de euros do empréstimo externo de 110 mil milhões de euros para três anos, acordado em Maio do ano passado.
Sem a entrega dessa tranche, a Grécia corria o risco de, a partir de Novembro, ficar incapacitada de cumprir os seus compromissos, nomeadamente em relação ao pagamento de salários e pensões, conforme avisara o governo de Papandreou, depois de ter admitido que o país não iria conseguir cumprir as metas do défice acordadas para 2011 e 2012. Esta decisão da troika, tomada quando o governo grego vai falhar todas as metas que lhe eram exigidas para este ano e se verifica uma enorme agitação social, é um acontecimento importante no plano financeiro, mas também um voto de confiança acrescentada nos gregos e no futuro da moeda única. Os gregos festejaram.
Porém, algumas horas depois deste anúncio, os gregos bateram os croatas e a Grécia assegurou a sua presença na fase final do Campeonato da Europa de Futebol a realizar em 2012. Os gregos festejaram.
Nem é preciso saber grego para ver como a imprensa de Atenas deu mais destaque à qualificação grega e ao treinador português Fernando Santos, do que à chegada do sexto pacote de ajuda financeira. São singularidades gregas.
Seremos assim tão diferentes?
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