A Galiza recebeu
com grande euforia a notícia de que a PSA Peugeot Citroën, que é presidida pelo
gestor português Carlos Tavares, escolhera a sua fábrica de Balaídos para
fabricar a sua nova gama de veículos comerciais K-9, que serão lançadas no
mercado em 2018 sob as marcas Peugeot, Citroën e Opel, neste caso devido a um
acordo estabelecido com a General Motors. O volume de produção previsto até
2028 é de 250 mil unidades por ano, que é uma carga de trabalho que a fábrica
de Vigo terá que repartir com a fábrica da PSA em Mangualde. Em termos de
emprego e se as previsões da procura se confirmarem, os actuais 6 mil
trabalhadores da fábrica de Balaídos podem vir a ser reforçados até um valor
próximo dos 10 mil.
Esta escolha da
fábrica da PSA em Vigo preteriu a sua maior concorrente que é a fábrica de
Trnava (Eslováquia), porque a fábrica galega, os sindicatos e as autoridades
galegas e espanholas apresentaram melhores incentivos à construtora francesa.
Segundo a edição de hoje de La Voz de Galicia, a fábrica de
Balaídos “logra el mayor contrato de su historia” nos seus 56 anos de vida,
acrecentando que “para la planta gallega, recibir este encargo era tan
importante como respirar”. As autoridades galegas que tanto se empenharam na
defesa desta decisão e em especial Alberto Feijoo, o Presidente da Xunta de
Galicia, classificaram este anúncio como a melhor notícia possível para um
sector decisivo da economia galega do qual vivem 19 mil famílias.
Depois da
reanimação da sua construção naval, temos a Galiza e as suas autoridades a
superar dificuldades, a atrair investimento e a criar emprego, enquanto por aqui
nos limitamos a vender imobiliário a troco de vistos gold, uma operação de
propaganda pessoal a que alguns chamam investimento. É pouco, muito pouco.
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