Dentro de dias
cumpre-se o primeiro ano do mandato de Donald Trump como Presidente dos Estados
Unidos e diversas revistas internacionais já começaram a fazer balanços sobre o
year one, ilustrando as suas edições
com sugestivos cartoons. A revista Time
é uma dessas revistas.
Donald Trump, ou
simplesmente Donald, é o 45º presidente dos Estados Unidos. Foi eleito com
menos 2,8 milhões de votos do que Hillary Clinton e foi a quarta vez na
história americana que um presidente foi eleito com menos votos populares que o
seu adversário. Porém, o Donald teve a maioria no colégio eleitoral e, por
isso, foi nomeado para ocupar a presidência. Assim, no dia 20 de Janeiro de
2017 e com 70 anos de idade, o Donald tornou-se a pessoa mais velha a assumir a
presidência dos Estados Unidos, levando consigo para a Casa Branca a maior
derrota nas urnas que um presidente eleito alguma vez tivera. Porém, se essas imperfeições
eleitorais fragilizaram desde o início o mandato de Donald, o tempo fez emergir
outras fragilidades bem piores. No plano interno as polémicas têm-se sucedido na
política, nos negócios, nas relações sociais e no seu assumido comportamento
sexista e xenófobo, mas tem sido sobretudo na política internacional que o
Donald se tem destacado pela negativa, ao levar por diante os lemas da sua
campanha eleitoral, isto é, Make America
Great Again e America First.
Como a capa da
revista Time sugere, o Donald tem incendiado o mundo, não só na forma
como tem conduzido a conflitualidade na península coreana ou no reconhecimento
de Jerusalém como capital da Palestina, mas também na forma como recusou os
acordos de Paris, como tem enfrentado a União Europeia e o financiamento da
NATO, como tem apoiado as monarquias mais retrógradas do Golfo e como tem hostilizado
os mexicanos, os chamados hispânicos e, de uma forma geral, os emigrantes.
Após um ano de
mandato, a arrogância e a ignorância do Donald fizeram aumentar a insegurança e
a incerteza no mundo. Ele é realmente um incendiador.
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