O ano de 2024 foi
um excelente ano para o turismo em Portugal, que recebeu um número recorde de
30 milhões de turistas estrangeiros, que geraram receitas superiores a 27 mil
milhões de euros. Alguém escreveu que foi “um marco impressionante” e, de facto,
é impressionante ver tantos turistas em Portugal, com todos os benefícios e
malefícios que essa realidade nos traz. Ocorre-nos a “Miscelânea” que Garcia de
Resende escreveu em 1554, na qual em poema diz: “Vemos no reino meter tantos
cativos crescer e irem-se os naturais, que se assim for serão mais eles que nós
a meu ver".
Estas notas são
aqui evocadas a propósito da notícia da edição de hoje do jornal macaense ponto
final que nos informa que “em 2024 entraram em Macau 34,9 milhões de
visitantes, o que revela um crescimento de 23,8% face a 2023”, começando a
aproximar-se dos 39 milhões de visitantes registados em 2019, antes das
restrições pandémicas. Esses visitantes chegaram por terra (27,7 milhões), por
via marítima (4 milhões) e por via aérea (3 milhões), destacando-se o número de
visitantes do interior da China que foi de cerca de 24,5 milhões, enquanto o número
de visitantes internacionais foi de cerca de 2,4 milhões.
O território de
Macau tem cerca de 33 km2 de superfície e uma população
residente da ordem das 700 mil pessoas, pelo que é espantoso como sendo tão pequeno recebe tanta gente, o que parece mostrar que o seu modo de vida e a
herança cultural portuguesa fazem a diferença naquela região e atraem visitantes de todo o
mundo. Significativamente, a capa do ponto final mostra as ruinas de S. Paulo e a fachada da antiga igreja da Madre de Deus, ex-libris do território, que estão incluídas no centro histórico de Macau, que é classificado pela Unesco.
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