Apesar de serem
cada vez mais as vozes que que se levantam contra a agressão desproporcionada e
o criminoso genocídio com que os radicais do governo de Netanyahu estão a
exterminar o povo de Gaza, nada parece travá-los, sobretudo porque têm a cumplicidade
de Donald Trump e de muitos líderes europeus, que parecem ignorar o que são
Direitos Humanos, bem como a indignação e a repulsa dos seus cidadãos pelo que
sofrimento que vêm todos os dias nas televisões.
A Espanha e o
governo de Pedro Sánchez têm sido uma honrosa excepção ao vergonhoso
comportamento dos líderes europeus, desprovidos de coragem, sem dignidade e muito
amedrontados com o discurso ameaçador dos israelitas, merecendo toda a gratidão
do mundo civilizado pela forma como têm denunciado a violência verdadeiramente
terrorista, com que o governo de Benjamin Netanyahu está a conduzir a sua criminosa
campanha de terror e de morte contra o povo palestiniano, a pretexto de
libertar alguns reféns.
Durante a
realização da Volta a Espanha 2025, uma das mais importantes provas do
calendário ciclista internacional, houve uma continuada exibição de bandeiras
da Palestina ao longo do percurso e algumas tentativas de bloquear a corrida,
por vezes com algum sucesso. Poderia ser uma acção organizada de marketing
político a favor da causa palestiniana sem suporte popular, mas o que aconteceu
em Madrid no último dia da prova, que é destacado pelo jornal El
País, quando milhares de espanhóis protestaram contra o facto de haver
uma equipa israelita em prova e apoiaram o povo palestiniano, foi o maior grito
de revolta até agora surgido na Europa contra o terror de Netanyahu.
Desportivamente,
o nosso João Almeida terminou num brilhante segundo lugar, mas essa destacada
classificação foi abafada pelo protesto da capital espanhola por Gaza.
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