O sistema
eleitoral americano é muito complexo e daí que haja diferentes ciclos
eleitorais a nível federal, estadual e local, muito diferentes dos que
acontecem na Europa.
Assim, na passada
terça-feira, realizaram-se as primeiras grandes eleições do segundo mandato de Donald Trump e houve chamada às urnas em cerca de metade dos
estados americanos. Donald Trump recebeu um grande cartão vermelho, porque os
eleitores de toda a costa leste dos Estados Unidos deram aos Democratas uma
vitória, ao elegerem os governadores da Virgínia e de Nova Jersey e, sobretudo,
o mayor de Nova Iorque, sempre contra
adversários apoiados por Trump, o que não o terá deixado nada satisfeito.
No estado da
Virgínia, a moderada e ex-membro da Câmara dos Representante Abigail Spanberger
de 46 anos de idade venceu, será a primeira mulher a governar o estado e teve o
melhor desempenho democrata na história recente daquele estado.
No estado de Nova Jersey, a vitória
também coube a outra moderada, a deputada Mikie Sherrill, de 53
anos de idade e ex-piloto da Marinha, que foi congressista durante quatro
mandatos.
Em Nova Iorque foi eleito para mayor da cidade o jovem Zohran Mamdani,
de 34 anos de idade, que é o primeiro muçulmano e o primeiro presidente de
ascendência sul-asiática a governar a Big
Apple, a maior cidade dos Estados Unidos.
A notícia destas eleições foi manchete nas
edições de hoje de toda a imprensa americana, mas pela sua postura radical
destacou-se o jornal nova-iorquino New York Post, que sempre apoiou
Donald Trump. Hoje, esse jornal não hesitou em classificar o candidato
democrata Zohran Mamdani como marxista, em apresentá-lo a erguer o símbolo do comunismo
e a chamar à cidade de Nova Iorque a Red
Apple, comportando-se como um vulgar e panfletário pasquim.
Em Israel quem não apoia Netanyahu é
terrorista e aliado do Hamas.
Nos Estados Unidos quem não apoia Trump é marxista
ou comunista.
É assim que as ditaduras, mas também este tipo de
democracias, tratam os seus adversários…

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