A revista Sábado explica sumariamente “como Jardim esbanja os milhões” na Região Autónoma da Madeira, que tem uma superfície de 801 km2 (é menor do que duas dezenas de concelhos portugueses, como Odemira, Évora ou Sabugal) e que, de acordo com o censo de 2011, tem 267 938 habitantes (menos população do que Sintra ou Vila Nova de Gaia).
Nessa tão atraente região atlântica reina o despesismo governamental, que gera o enriquecimento ilícito e cria o novo-riquismo social, assentes na promiscuidade entre a política e os negócios. Nem é preciso ser um especialista para compreender esta realidade, que todos conheciam e calaram durante muito tempo.
A revista Sábado exemplifica - uma marina que custou 105 milhões e está vazia, 12 estádios de futebol com bancada, relvado, iluminação e balneários (há 33 campos relvados); 39 piscinas públicas algumas das quais encerradas; heliportos que nunca foram utilizados; 70 restaurantes muitos dos quais encerrados; 12 parques empresariais alguns dos quais permanecem desertos; estradas para servir a acessibilidade dos amigos; subsídios aos clubes e associaçõesdesportivas; e muitos outros exemplos.
Apesar das dificuldades orçamentais, continuam a ser adjudicadas novas empreitadas e o líder do governo regional diz: “enquanto eu não morrer, não paro com as obras e não vou afastar ninguém da função pública”. A dívida foi escondida e cresceu. E continua a crescer, enquanto a generalidade do país aperta o cinto.
Agora há quem diga que as responsabilidades são apenas políticas e que o seu julgamento está na mão dos eleitores!
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