A EDP está a promover uma campanha de rejuvenescimento da sua marca, que passa pelo rebranding ou reformulação da sua identidade institucional, aplicável a todo o grupo EDP – novo logotipo, novo lettering e a adopção da cor vermelha que, sem excepção, passa a ser imposta em todas as empresas do grupo.
Este tipo de campanha insere-se num processo normal de actualização da identidade institucional, traduzindo a ideia de que, tal como as pessoas, também as instituições e as empresas evoluem e se modernizam, de forma a revelar aos seus públicos uma imagem de maior dinamismo.
No caso da EDP, para além desse objectivo, a campanha parece querer contribuir para outros objectivos conjunturais, também muito importantes no presente contexto financeiro. Assim, nos termos do memorando assinado com a troika em Maio de 2011, está prevista “a alienação acelerada” da totalidade das acções da EDP até ao final do corrente ano, o que significa que cerca de 25% do seu capital social, que é detido pelo accionista Estado através da PARPÚBLICA - Participações Públicas, SGPS, S.A., vai ser privatizado.
Nessa medida, numa época em que as grandes empresas estão desvalorizadas e os investidores mais receosos, esta campanha já se insere numa óptica da sua valorização para futura alienação. Para além disso, com a actual retracção do investimento publicitário, esta campanha da EDP também dinamiza o mercado publicitário.
No entanto, a criatividade da campanha é demasiado pobre e pouco compreensível para o público. Se a EDP existe para servir os consumidores e eles não compreendem a confusa mensagem que está a ser difundida, também não vão compreender o que se está a passar quando virem as próximas facturas da electricidade.
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