No início da
semana o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou num
comunicado que se aproximava a depressão Filomena
centrada a sul do arquipélago dos Açores e que os seus efeitos se iriam sentir
no arquipélago da Madeira e no sul do continente, isto é, previam-se dias de
chuva, vento forte, agitação marítima e muito frio.
Assim aconteceu e
a ilha da Madeira esteve sob temporal, enquanto o continente está a ser varrido
por uma onda de frio, com as temperaturas nocturnas a descerem abaixo de zero
em quase todo o país e com queda de neve em muitas regiões, incluindo no
Alentejo. Não estamos habituados a este frio. Não há aquecimento que lhe
resista. A depressão Filomena está a
ser demasiado dura.
Porém, a Filomena entrou pela vizinha Espanha e não foi mais moderada para com os espanhóis. Antes pelo contrário, pois levou o frio a
todo o território e cobriu de branco quase todo o país. A região de Madrid foi
coberta pelo maior nevão registado nas últimas décadas, que cortou várias
estradas e bloqueou centenas de automobilistas, levou ao encerramento do
aeroporto e provocou cortes no abastecimento de electricidade. A capital
espanhola está paralisada e o frio é intenso, enquanto nos Picos da Europa, no
reino das Astúrias, a estação de Veja de Liordes registou a temperatura mínima
de -35.6 graus, que é um recorde absoluto desde que há registos. Será mais uma
manifestação das alterações climáticas em curso?
O jornal El País dedica a sua
primeira página à nevada que cobriu
Madrid, deixando apenas um pequeno espaço sobre o triste final do mandato de
Donald Trump.
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