terça-feira, 15 de novembro de 2022

Angola celebra 47 anos de independência

No passado dia 11 de Novembro a República Popular de Angola celebrou o 47º aniversário da sua independência e essa efeméride foi comemorada a preceito, tendo sido salientada pela imprensa angolana. 
Porém, o semanário folha 8 que é dirigido pelo jornalista William Tonet e que se afirma como um orgão de informação livre, nacionalista, independente e “comprometido com a verdade desde 1995”, assinalou a efeméride como a voz da oposição ao governo angolano, que diz ser “do MPLA há 47 anos”.
Na sua última edição, o semanário destaca que “há 47 anos Angola trocou de colonos” e que a “independência resultou em mais do mesmo (nada)”, ilustrando estas frases com as fotografias de alguns dos líderes portugueses e angolanos que consumaram a independência de Angola - Costa Gomes, Agostinho Neto e Rosa Coutinho. Segundo o referido semanário, a maioria dos angolanos têm sido discriminados, mais do que nunca, estando “a ser conduzidos para uma nova colonização e escravidão, capitaneada, infelizmente, por aqueles que se julgava fazerem parte do trio de libertadores”, que tiveram “o único sonho de se substituírem ao colonialismo branco português”, embora adoptando os seus hábitos e costumes.
Por isso, ainda segundo o citado semanário, o dia 11 de Novembro “é a data em que Angola comemora o dia da substituição dos colonos portugueses pelos colonos do MPLA e a que, eufemisticamente, chamam de Independência Nacional”, lamentando que “após 47 anos, a terra angolana não seja propriedade do povo e sim do partido-Estado”.
A última edição da folha 8 é demolidora para o governo angolano e para os seus dirigentes, não poupando o presidente João Lourenço que, depois do longo consulado de José Eduardo dos Santos, tem tido pela frente uma tarefa muito complexa e que, naturalmente, precisa de tempo para produzir melhores resultados.

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