quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

O Natal de 2024 como tempo de reflexão

Nesta quadra festiva que muitas vezes é demasiado consumista, costumamos saudar os amigos e desejar-lhes felicidades e prosperidades, com saúde e paz. Não fujo a essa tradição e, por isso, saúdo os leitores deste blogue, aproveitando a mensagem da edição de ontem do jornal Le Télégramme que se publica em Brest.
Através do Google Analytics sei que os leitores da Rua dos Navegantes não são muitos mas que são muito bons, pois são regulares nas visitas que fazem ao blogue. Esses leitores-amigos, ou amigos-leitores, estão sobretudo em Portugal, em particular na área de Lisboa, embora também haja alguns deles que residem no estrangeiro. Para todos eu desejo um Joyeux Noël ou umas Boas Festas, como tempo de união e de fraternidade, mas também de reflexão sobre o que se passa à nossa volta, por aqui e pelo mundo, em que as mudanças tecnológicas e culturais, bem como as transformações naturais, ocorrem a velocidades impensáveis, gerando preocupações e incertezas. 
A proliferação de guerras e as consequentes catástrofes humanas que provocam, tal como a fome e a pobreza, são imagens da forma desgovernada e muitas vezes irresponsável como o mundo caminha e são, também, um preocupante sinal dos tempos.
A nível global estamos a perder a confiança nos políticos que “governam” o mundo e que se mostram impotentes face à era da desinformação que atravessamos, em que toda a informação é manipulada para servir objectivos mais ou menos desonestos.
É sobre este quadro cinzento que devemos reflectir e, na nossa esfera de acção fazer alguma coisa, para recuperarmos a confiança, a paz e a tranquilidade que podem tornar mais felizes cada ser humano e toda a humanidade.

1 comentário:

  1. Excelente comentário do "Navegador", a quem peço autorização para assinar por baixo.
    O poder dos poderosos da Idade Média media-se pela extensão dos seus domínios terrenos. Depois, os poderosos foram os donos da Indústria, até que foram emigrando para o sector terciário da economia, particularmente para a informação.
    Com o progresso da tecnologia das comunicações e agora com o desenvolvimento da IA, quem é dono da informação é dono "disto tudo", com o poder de nos vigiar, controlar e sobretudo de nos influenciar sem que nos apercebamos. E assim reduzem pouco a pouco o nosso metro quadrado de acção. Mas nele, é importante, como conclui a reflecção do Navegador, que nele não deixemos de "fazer alguma coisa".

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