Na altura da
passagem do ano é costume fazerem-se balanços sobre o ano que findou e
formularem-se votos para o novo ano, sendo frequente expressarem-se desejos de
saúde, paz, harmonia, prosperidade e outras coisas boas. Os jornais não fogem a
essa regra, pois fazem balanços do ano que findou e relatam as festas do fim do
ano, mostrando as imagens do fogo-de-artifício em Sydney, em Kuala Lumpur, no
Dubai e em muitos outros locais do mundo.
Na sua primeira
edição do novo ano de 2025, para além das imagens do fogo-de-artifício, a
generalidade dos jornais internacionais noticiou o atentado terrorista de New
Orleans, tentou perspectivar o que vai ser a presidência de Donald Trump nos
Estados Unidos, divagou sobre o futuro das guerras na Europa Oriental e no
Médio Oriente e, poucas vezes, tratou a paz com o devido destaque.
O Correio
Brasiliense, o principal jornal de Brasília, foi uma singular excepção,
ao publicar uma pomba da paz na sua primeira página e ao escolher para manchete
a frase “A paz deve começar em nós…” e, acrescentando depois, “… Não importa
qual a sua fé, o que importa é a vontade de lutar para um mundo melhor, essa é
a mensagem de religiosos de vários credos ouvidos pelo Correio aos
brasilienses. Devemos sempre manter a capacidade de largar o ódio, pois essa
pode ser a única maneira de pacificar nosso planeta. É preciso recomeçar.
Afinal, o caminho da vida é o da liberdade e da beleza… Feliz 2025!”
Esta mensagem que diz
que a paz deve começar em nós e que é preciso recomeçar, apelando à paz e ao
fim do ódio, bem precisava de chegar aos ouvidos de meia dúzia de dirigentes
mundiais, mas também aos dirigentes menores que continuam a incitar ao ódio, mas também àqueles que, nomeadamente na Europa, se calam e que, por isso,
consentem.