domingo, 14 de dezembro de 2025

Será possível “the end of the alliance”?

O presidente Donald J. Trump assinou, em data muito recente, um documento de 33 páginas intitulado National Security Strategy of the United States of America, que refere explicitamente que se trata de uma estratégia concreta, que combina ends and means, ou objectivos e recursos, como costumamos dizer em português.
Começando com um elogio a si próprio e à sua política MAGA (Make America Great Again), Donald Trump afirma que nenhuma administração na história dos Estados Unidos conseguiu uma reviravolta tão dramática em tão pouco tempo, criticando a Europa e dando vantagens diplomáticas à Rússia. Segundo aquele documento relativo à segurança nacional dos Estados Unidos, caso as tendências actuais se mantenham, a Europa será “irreconhecível em 20 anos ou menos” e, em declarações posteriores, classificou os países europeus como “fracos” e “decadentes”, criticando duramente os governos europeus pelo seu apoio à Ucrânia, culpando as "autoridades europeias que mantêm expectativas irrealistas sobre a guerra" e por obstaculizarem um acordo de paz.
Muitos comentadores têm salientado um progressivo afastamento dos Estados Unidos da Europa, embora Donald Trump afirme que quer “ajudar a Europa a corrigir a sua actual trajectória” e que o seu país “está sentimentalmente ligado à Europa, sobretudo à Grã-Bretanha e à Irlanda”.
Na sua edição mais recente, a revista The Week que se publica em Nova Iorque, destaca na sua primeira página uma significativa ilustração em que Donald Trump dá substância ao MAGA, com uma manchete em que questiona se estamos no “end of the alliance?” e com um abraço à bandeira da Rússia, deixando para segundo plano as bandeiras da NATO e da União Europeia, mas também a Torre Eiffel, o palácio de Westminster com o Big Ben e o Coliseu de Roma, isto é, alguns dos símbolos da Europa.
São coisas muito difíceis de entender...

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