O presidente
Donald J. Trump assinou, em data muito recente, um documento de 33 páginas intitulado National Security Strategy of the United
States of America, que refere explicitamente que se trata de uma estratégia
concreta, que combina ends and means,
ou objectivos e recursos, como costumamos dizer em português.
Começando com um
elogio a si próprio e à sua política MAGA (Make
America Great Again), Donald Trump afirma que nenhuma administração na
história dos Estados Unidos conseguiu uma reviravolta tão dramática em tão
pouco tempo, criticando a Europa e dando vantagens diplomáticas à Rússia.
Segundo aquele documento relativo à segurança nacional dos Estados Unidos, caso
as tendências actuais se mantenham, a Europa será “irreconhecível em 20 anos ou
menos” e, em declarações posteriores, classificou os países europeus como
“fracos” e “decadentes”, criticando duramente os governos europeus pelo seu
apoio à Ucrânia, culpando as "autoridades europeias que mantêm
expectativas irrealistas sobre a guerra" e por obstaculizarem um acordo de
paz.
Muitos
comentadores têm salientado um progressivo afastamento dos Estados Unidos da
Europa, embora Donald Trump afirme que quer “ajudar a Europa a corrigir a sua
actual trajectória” e que o seu país “está sentimentalmente ligado à Europa,
sobretudo à Grã-Bretanha e à Irlanda”.
Na sua edição
mais recente, a revista The Week que se publica em Nova
Iorque, destaca na sua primeira página uma significativa ilustração em que
Donald Trump dá substância ao MAGA, com uma manchete em que questiona se
estamos no “end of the alliance?” e com um abraço à bandeira da Rússia,
deixando para segundo plano as bandeiras da NATO e da União Europeia, mas
também a Torre Eiffel, o palácio de Westminster com o Big Ben e o Coliseu de
Roma, isto é, alguns dos símbolos da Europa.
São coisas muito difíceis de entender...

Sem comentários:
Enviar um comentário