O jornal digital Dinheiro Vivo noticiou hoje que se inicia esta semana “a corrida aos mais de 400 lugares em aberto nos órgãos sociais do gigante que é o grupo Águas de Portugal (AdP)”, uma vez que lhe compete a nomeação dos novos administradores das empresas gestoras dos sistemas multimunicipais.
Segundo o referido jornal, das 32 empresas cujos relatórios e contas estão disponíveis, há 374 lugares dirigentes para nomear, ou mesmo mais. Entre remunerações e outras prestações acessórias, como carro, combustível, telefones, cartões de crédito e outras benesses a que terão direito, os futuros administradores custarão 8,3 milhões de euros por ano. Esta corrida começou há algumas semanas quando o Presidente da Câmara Municipal do Fundão, que é arguido num processo por uma dívida de 7.5 milhões de euros à AdP, foi escolhido como um dos novos administradores da mesma AdP, onde terá um salário de cerca de 150 mil euros anuais.
E agora, como será? Será que o Frexes-administrador da AdP vai exigir os 7.5 milhões de euros ao Frexes-autarca do Fundão? Esperemos para ver!
Entretanto, na passada semana (Expresso de 21 de Janeiro), num excelente artigo inserido na sua coluna Pluma Caprichosa e com base na informação de que havia 30 lugares disponíveis para distribuir cargos de administração "no mundo das Águas", Clara Ferreira Alves veio chamar a atenção benemérita da Dra. Cristas para que lhe concedesse um desses lugares. E salientava com sarcasmo: 30 lugares. É muito lugar. Lembrei-me de mim.
Afinal parece que não são três dezenas, mas serão quase quatro centenas de bons lugares a conquistar. Um apetitoso petisco para as pequenas e médias clientelas.
Afinal parece que não são três dezenas, mas serão quase quatro centenas de bons lugares a conquistar. Um apetitoso petisco para as pequenas e médias clientelas.
A corrida vai começar!