sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O futuro da Europa

A Europa vive um período de grande turbulência e ansiedade que resulta da crise económica e financeira, do desemprego, da perda de competitividade, das debilidades estruturais, do elevado endividamento de alguns países e da incapacidade dos seus dirigentes, que têm conduzido a moeda única e o projecto europeu à maior crise da sua história.
A Europa parece estar sem rumo. Ainda há poucos meses havia por cá quem afirmasse que o problema português resultava de uma governação desastrosa e que um novo governo resolveria o problema através do corte das gorduras do Estado e da extinção de institutos. Ainda não tinham percebido. Afinal o problema era comum aos países do sul da Europa e, agora, parece que é de todos. Estas evoluções opinativas mostram como é enorme a desorientação e que, quer a nível interno, quer a nível europeu, não há líderes, nem ideias, nem soluções. O futuro da Europa precisa de ser debatido. Começa a generalizar-se a ideia de que as políticas de austeridade e a disciplina orçamental não bastam e que são necessárias políticas viradas para o crescimento e o emprego.
Como contributo para esse debate, os jornais El País, Le Monde, The Guardian, La Stampa, Gazeta Wyborcza e Süddeutsche Zeitung, líderes de audiência em Espanha, França, Reino Unido, Itália, Polónia e Alemanha, arrancaram hoje com um projecto comum de debate sobre o futuro de Europa. No seu primeiro suplemento inclui-se uma entrevista com Ângela Merkel e artigos subscritos por Felipe González, Gordon Brown, Anthony Giddens, Umberto Eco, entre outros. Todos tratam do futuro da Europa. Do nosso futuro. Da nossa esperança.
Os textos estão disponíveis na internet, mas o suplemento do El País parece que ainda não chegou a Portugal.

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