terça-feira, 29 de setembro de 2020
Reacende-se o conflito na Catalunha
O elogio ao modelo de combate à crise
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
A incerteza domina o confronto americano
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Can you trust a covid vaccine?
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
O que dizem os comentadores da treta
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
A abençoada chuva que chegou a Brasília
Após 119 dias de seca absoluta, choveu na cidade de Brasília e foi uma festa, uma grande festa, porque foi atravessado o oitavo período mais longo de seca no Distrito Federal. O Correio Braziliense publicou uma interessante fotografia alusiva ao acontecimento e deu-lhe honras de primeira página. A população, na qual se incluem pessoas que nos são próximas, vinha sofrendo com o calor, a exposição solar e a carência de humidade, o que tornava o clima bastante penoso e quase insuportável, mas a forte chuva de ontem em toda a cidade foi uma benção que deu origem a uma euforia geral com grandes celebrações, até porque as previsões apontam para mais precipitação nos próximos dias. Naturalmente, a chuva também causou algumas inundações e perturbações no tráfego, com os habituais acidentes rodoviários que acontecem nestas circunstâncias, para além de ter alterado um pouco da paisagem urbana com as pessoas a fazer uso de guarda-chuvas e de casacos impermeáveis. Não surpreenderá que um dia destes apareça o Jair Bolsonaro a reclamar o mérito da chegada da abençoada chuva a Brasília e a dizer que ela resultou da sua acção. Agora é assim. Um pouco por todo o mundo, entrou-se numa perigosa deriva populista em que as coisas boas que acontecem se devem ao mérito dos líderes, enquanto as coisas más resultam do boicote ou da sabotagem dos outros. Só que, embora muitos alinhem nessa deriva populista, alguns exageram.
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Madrid: trégua para enfrentar a pandemia
A Comunidad de
Madrid é uma das 17 comunidades autónomas da Espanha, tem cerca de seis milhões
e meio de habitantes e é governada desde Agosto de 2019 por Isabel Diaz Ayuso,
que é militante do Partido Popular (PP). No dia 31 de Janeiro de 2020, menos de
seis meses depois da sua tomada de posse, surgiu na Espanha o primeiro caso de covid-19 e, cerca de oito meses depois,
a situação agravou-se com uma segunda vaga da epidemia em que o último registo
assinala 14.389 novos casos num só dia! Porém, a crise
pandémica não está igualmente distribuída pelo país e o vírus parece ter-se
instalado na Comunidad de Madrid e na própria capital, que hoje são consideradas
como uma das áreas mais afectadas da Europa, com um registo de 108.374 infectados
e 8.546 óbitos (enquanto em Portugal estão assinalados 69.200 casos e 1.920
óbitos).
O facto de Madrid
ser, ao mesmo tempo, a sede do governo socialista de Pedro Sánchez e do governo
popular de Isabel Ayuso, tem sido objecto de luta política entre o PSOE e o PP.
No entanto, confrontados com a realidade, o primeiro-ministro espanhol (de
esquerda) e a presidente da região de Madrid (de direita) acordaram no
apaziguamento ideológico e no reforço da luta epidemiológica, tendo criado um
grupo covid-19 para planear e coordenar as respostas necessárias ao controlo da
pandemia. Acordaram numa trégua, como refere hoje o jornal ABC e Pedro Sánchez
declarou que este grupo funcionará sob um princípio de coordenação e que não
haverá lugar a disputas hierárquicas entre os representantes do governo
nacional e do governo regional, ou entre o PSOE e o PP. Quem sabe se esta trégua
ou este acordo não teria poupado muitas vidas se tivesse sido feito há mais
tempo…
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Uma estrela eslovena brilhou em França
O ciclista
esloveno Tadej Pogacar completa hoje 22 anos de idade e ontem ganhou a 107ª
edição da Volta à França. Desde 1904 que o Tour
não tivera um vencedor tão jovem e a imprensa que acompanhou a prova não poupa
nos adjectivos com que o classifica, pois Pogacar cometeu a proeza de bater o
seu compatriota e super-favorito Primoz Roglic, mas também de ganhar três das
quatro classificações importantes - a camisola amarela, a camisola branca e a
camisola de líder da montanha – o que só o lendário ciclista belga Eddie Merckx
tinha conseguido. Foram percorridos 3.482 quilómetros em 21 etapas, foram
subidas muitas montanhas nos Pirinéus e nos Alpes, mas acabou por ser no
contra-relógio do penúltimo dia e nuns escassos 36 quilómetros, que tudo se
decidiu entre os dois eslovenos.
A Eslovénia está
em festa e a partir de ontem tem um novo herói nacional.
Tadej Pogacar
teve a sua primeira vitória como profissional em 2019 na Volta ao Algarve, que
o seu compatriota Primoz Roglic vencera em 2017. Sucederam-se outras vitórias e
esta ano estreou-se na Volta à França, vestindo a camisola da UAE Team Emirates. A cobertura
televisiva esteve à altura do grande acontecimento desportivo e, apesar da
agressividade da pandemia em toda a França, o público acorreu às estradas para
ver a prova favorita dos franceses.
Terminaram a
corrida 146 ciclistas e o português Nelson Oliveira foi muito discreto e,
certamente, fez tudo o que os seus patrões lhe encomendaram. Chegou ao fim da prova
no 55º lugar a três horas e um minuto de Tadej Pogacar.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Boris Johnson e o Dis-United Kingdom
A
saída do Reino Unido da União Europeia verificou-se no dia 31 de Janeiro de
2020 e, nessa altura, a população ficou dividida entre aqueles que apoiaram
essa saída e os que lutaram até ao fim para que o país se mantivesse na União
Europeia. Porém, nesse mesmo dia 31 de Janeiro, foi detectado o primeiro caso
de covid-19 no Reino
Unido e, esses dois acontecimentos – o brexit e o covid-19 – vieram
transtornar um país politicamente dividido e que era governado pelo excêntrico
e despenteado Boris Johnson. Talvez por descuido das autoridades, o
Reino Unido tornou-se num dos países do mundo mais afectados pelo covid-19 e,
até agora, estão registados mais de 40 mil óbitos. As consequências económicas
também foram devastadoras e, pela primeira vez na última década, o Reino Unido
entrou em recessão que corresponde à maior contração da actividade económica da
história britânica, com uma queda de 20,4% do PIB no 2º semestre do ano, o que
foi considerado “um desastre e um pesadelo” pelo próprio Boris Johnson. Quando da
saída do Reino Unido da União Europeia, ficou por concluir um acordo comercial
anexo ao acordo geral de saída, que deveria regular as relações entre ambas as
partes e pudesse assegurar a continuação de boas relações comerciais. O assunto
tornou-se muito conflitual, até porque o Reino Unido tem vindo a aprovar
legislação que viola os acordos de saída. Por outro lado, as relações de Boris
Johnson e do seu governo com a Escócia e com a Irlanda do Norte continuam tão
tensas como antes e os cenários independentistas continuam activos. Daí que o
jornal The Scotsman, que
defende a independência escocesa, critique o governo britânico e fale num Dis-United
Kingdom.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
A batalha de Inglaterra foi há 80 anos
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
A tensão greco-turca e as armas francesas
Tudo corria bem, mas em 1974 a Turquia invadiu Chipre e a instabilidade voltou a ameaçar os dois países, embora o desejo turco de entrar na União Europeia tivesse atenuado essa tensão.
domingo, 13 de setembro de 2020
A pandemia e o irresponsável Donald
sábado, 12 de setembro de 2020
A promiscuidade da política com o futebol
Expresso, edição de 12-09-2020 |
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Alterações climáticas afectam Califórnia
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
O brilho e a classe do renascido Ronaldo
terça-feira, 8 de setembro de 2020
Começou a grande corrida para Belém
Messi nunca mais vai ser o que era
domingo, 6 de setembro de 2020
O incrível rumo eleitoral americano
As eleições
presidenciais americanas realizam-se no dia 3 de Novembro o que significa que
estamos a menos de dois meses do dia da votação. A campanha eleitoral vai
começar a acelerar, mas o facto é que Donald Trump tem vindo a recuperar nas
intenções de voto relativamente ao democrata Joe Biden, pois enquanto há um mês
as sondagens o situavam 9% abaixo de Biden, as mesmas sondagens indicam que
Trump está agora a 6.9% do seu adversário. Porém, nos chamados estados decisivos – California, Texas,
Florida e Nova Iorque – as intenções de voto estão muito equilibradas e será
nesses estados que tudo se decidirá.
Ontem a
reputada revista The Economist destacou as eleições americanas como tema
principal e referiu-se-lhe como uma ugly
election, que traduzido para português significa uma eleição feia,
perigosa, repelente. De facto, depois de Donald Trump ter incentivado os seus
eleitores a tentarem votar duas vezes, primeiro por correspondência e depois
presencialmente, há todas as razões para que se olhe com desconfiança para as
eleições americanas e que se duvide que possam ser livres e justas. E não foi
um lapsus linguæ pois Trump repetiu
aquele incentivo e só muito depois emendou a mão ao acrescentar, que só se
deveria votar presencialmente na secção eleitoral se o voto por correspondência
não tivesse chegado. Entretanto, Donald Trump continua a ameaçar e a insultar
os seus adversários, embora não consiga calar muitas das pessoas que lhe são
próximas, como a sua irmã Maryanne Trump Barry, uma antiga juíza de 83 anos de
idade que numa entrevista para o jornal The
Washington Post descreveu o seu irmão-presidente como cruel, mentiroso e
sem quaisquer princípios.
A estratégia de Trump tem alimentado a agitação social e étnica para aparecer aos olhos dos americanos como o homem que pode acabar com a agitação (que ele próprio alimenta), mas há muita gente que receia que, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, um candidato derrotado não aceite o resultado eleitoral. Esse candidato pode ser Trump e disso já deu demasiados sinais. Por isso, é inacreditável o rumo eleitoral americano e daí que The Economist tivesse classificado as eleições de 3 de Novembro como uma ugly election.
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
As eleições e o futuro na Venezuela
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Já vamos com seis meses de covid-1
Desde então foram identificados 58.663 casos positivos de infecção por covid-19, dos quais cerca de 72% já recuperaram, mas a pandemia já provocou 1827 óbitos. A situação sanitária tem sido prolongada e catastrófica, tendo alterado o modo de vida dos grupos e das pessoas por todo o mundo, onde o número de óbitos se aproxima de um milhão, sobretudo nos Estados Unidos, no Brasil, na Índia e no México.