A Assembleia
Geral das Nações Unidas aprovou ontem uma Resolução não vinculativa que pede o
reconhecimento da Palestina como um estado soberano, que garante “novos
direitos e privilégios” aos palestinianos e que pede ao Conselho de Segurança
que reconsidere o pedido para plena adesão, o que a tornaria no 194º membro da
organização. A Resolução foi aprovada por 143 votos a favor, com 25 abstenções
e nove votos contra, apresentados pela Argentina, Israel, Estados Unidos,
República Checa, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau e Papua-Nova Guiné. A notícia não
teve a devida repercussão nos mass media
internacionais, mas o jornal catalão La Vanguardia destaca na sua edição
de hoje que “la Asamblea de la ONU vota que Palestina tiene derecho a ser
miembro”. Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana,
regozijou-se com esta Resolução que abre as portas ao reconhecimento da
Palestina pelas Nações Unidas, mas Israel criticou esta decisão que classificou
como “um prémio ao Hamas”. A decisão cabe agora ao Conselho de Segurança,
embora seja de prever o veto dos Estados Unidos.
Entretanto, a
imprensa espanhola anuncia hoje que “España reconocerá a Palestina el 21 de
mayo”, havendo notícias que referem que, no mesmo dia, também a Irlanda, a
Bélgica, a Eslovénia, Malta e a Noruega, reconhecerão o Estado da Palestina.
Afirmando que o reconhecimento da Palestina é do interesse da Europa, a Espanha
afirma-se com vontade própria e não alinha com o grupo de países europeus que,
com grande hipocrisia, continuam a fornecer armas a Israel e a apoiar o governo
extremista de Benjamin Netanyahu na sua política de destruição do povo
palestiniano. A Espanha bem merece a nossa saudação.
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