No dia 15 de
Abril de 2019 um violento incêndio destruiu a histórica catedral Notre-Dame de
Paris, um símbolo da cidade e do cristianismo, que é classificada como Património
Mundial pela Unesco e que, então, recebia 12 milhões de visitantes por ano.
A derrocada da
catedral que começou a ser construida no século XII na île de la Cité, rodeada
pelas águas do rio Sena, foi um enorme choque emocional para os franceses, mas
também para o mundo, com a visão em directo das imagens televisivas da catástrofe. Foi imediatamente
decidida a reconstrução da catedral e cerca de 340.000 doadores asseguraram a
coleta de fundos suficiente para custear os trabalhos de reconstrução e
restauro, que se prolongaram por cinco anos e custaram 700 milhões de euros.
Hoje, vai
realizar-se a festa da reabertura da Notre-Dame, a que assistirão cerca de cinco dezenas de
chefes de Estado e de governo, com a imprensa francesa, designadamente o jornal
Le
Parisien, mas também alguma imprensa internacional, a dedicarem largos
espaços a este acontecimento cultural de importância mundial. É a festa da
catedral de Notre-Dame, a festa do Património Mundial e a festa da França.
Porém, nem tudo
são rosas nesta festa francesa, em que o presidente Macron quer ser o rei, pois o governo de Barnier está demitido e andam todos muito nervosos. Além da crise política, também a economia francesa está em perda, havendo grandes preocupações
quanto ao futuro e teme-se que a característica agitação social dos franceses
se revele, sobretudo através do Mouvement des gilets jaunes.
No entanto, é bem possível que os franceses se fiquem apenas com um sentimento de orgulho pela reconstrução da Notre-Dame e que esqueçam os protestos, por agora...
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