Por causa do covid-19 a crise económica e social deu
a volta ao mundo e a todos afectou, mas nos Estados Unidos essa crise parece
ser das mais profundas, não só porque a pandemia já causou mais de 150 mil
óbitos, mas também porque a economia caiu 32,9% no segundo trimestre de 2020.
Tratando-se do segundo trimestre consecutivo em queda, significa que os Estados
Unidos entraram oficialmente em recessão e, porque se trata da maior economia
mundial, o panorama é muito preocupante. Para além dos aspectos sanitários, os
contornos da crise americana são visíveis sobretudo no desemprego, que já
atinge cerca de 39 milhões de americanos.
Tudo isto
acontece em ano eleitoral e, independentemente da má ou péssima governação de
Donald Trump, será ele que vai acabar por “pagar as favas”, isto é, que não vai
conseguir a sua reeleição. Se assim acontecer, os Estados Unidos e o mundo
tirarão largo proveito de um novo clima de apaziguamento mundial, que gerará
vozes e comportamentos estimulantes de confiança e de esperança para vencer a
actual crise, que tem sido acelerada e aprofundada pelo discurso agressivo,
arrogante e boçal de Donald John Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos.
Na sua última
edição a revista alemã Der Spiegel vaticina o fim da
presidência do Donald, mas antes ainda vai passar muita água por debaixo das
pontes ou, como diz o povo, “até ao lavar dos cestos é vindima”.