Donald Trump fez ontem em Washington o
discurso sobre o Estado da União. Trata-se de um discurso que é feito todos os
anos no Capitólio, no qual o Presidente dos Estados Unidos se dirige ao
Congresso e faz o seu relato sobre o estado do país e em que apresenta as suas
orientações estratégicas para o ano que se inicia. Esta mensagem anual é muito
antiga mas só a partir de 1934 passou a ser designada por “discurso sobre o
Estado da União” por iniciativa do Presidente Franklin D. Roosevelt. Porém, os
americanos só passaram a dar importância a este discurso quando em 1947 passou
a ser transmitido em directo pela televisão e em 1997 pela internet.
No seu
primeiro discurso sobre o Estado da União o Presidente Donald Trump gastou 80
minutos para impressionar a opinião pública americana e reverter os escassos
38% de popularidade de que goza, salientando a recuperação económica e a
criação de 2,4 milhões de novos empregos e afirmando a necessidade de serem
aumentados os investimentos nas áreas militares para “reconstruir o nosso
arsenal nuclear” e assegurar o prestígio americano no mundo.
"Este é o nosso novo momento americano. Nunca houve um momento melhor
para começar a viver o sonho americano”, foram frases que muitos jornais
destacaram, como acontece hoje com o nova-iorquino Newsday.
Trump salientou que “juntos, estamos a
construir uma América segura, forte e orgulhosa”, convidando os
republicanos e os democratas a cooperar. Em termos de política externa Trump
foi igual a si próprio e não poupou a Coreia do Norte, nem Cuba, nem a
Venezuela, criticou os países que condenaram a sua decisão de reconhecer
Jerusalém como capital de Israel e não deixou de se referir aos seus “rivais como a China
e a Rússia que desafiam os nossos interesses, a nossa economia e os nossos
valores”. No seu longo discurso, o Donald nunca se referiu à Europa e reafirmou as suas posições mais polémicas e procurou atrair a simpatia dos americanos
com histórias e historietas a explorar o seu orgulho nacional. Provavelmente, o Donald subiu um pouco a sua popularidade interna.