Apesar do clima de crise e de recessão que paira sobre o país, muitos portugueses continuam a endividar-se para ir de férias ou para fazer viagens. Esta é conclusão de um estudo realizado pela Marktest por encomenda da Mastercard, que mostra que mesmo num ano em que os consumidores resolveram cortar na adesão e no uso de cartões de crédito, o pagamento de férias e viagens foi a categoria de despesas que registou o maior aumento.
No entanto, em 2011 houve uma contracção generalizada do consumo, que se reflectiu quer nas compras a débito, quer nas compras a crédito. O número de cartões de crédito activos e o seu uso pelos consumidores portugueses, registaram os níveis mais baixos desde 2008 e o decréscimo acumulado desde então no uso desses cartões de crédito foi de cerca de 15%, o que significa que os portugueses estão a adoptar comportamentos mais racionais e mais responsáveis, ajustando os seus hábitos de consumo e mudando do crédito para o débito. Tudo muito racional.
O que realmente surpreende é o endividamento dos portugueses para fazer férias. Como se não bastasse o endividamento por compra de casa própria, de automóvel ou de outros bens de consumo duradouro, os portugueses endividam-se para fazer praia em Tenerife ou Cancun ou para fazer um cruzeiro no Mediterrâneo ou, ainda, passar uns dias na serra Nevada.
O slogan “faça férias e pague depois” que, ainda há poucos anos era abundantemente publicitado pela Banca, muito contribuiu para este vício do cartão de crédito e para a armadilha do dinheiro de plástico.
Sem comentários:
Enviar um comentário