Na sequência do
ataque de 11 de Setembro de 2001 às Torres Gémeas e da recusa do regime talibã em
fazer a entrega aos americanos dos líderes da Al-Qaeda instalados no
Afeganistão, os Estados Unidos decidiram atacar o regime afegão com o alegado
objectivo de encontrar Osama bin Laden. Assim, no dia 7 de Outubro de 2001, os americanos e alguns países ocidentais que se lhes juntaram, começaram a
bombardear o Afeganistão, enquanto no terreno actuavam as forças afegãs da Aliança do
Norte, adversárias do regime talibã. A intervenção americana foi feita sem qualquer
mandato das Nações Unidas, mas como os talibãs depressa perderam Cabul, logo o
Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu criar uma Força Internacional
de Assistência para a Segurança (ISAF) para intervir no Afeganistão que veio
a ser comandada pela NATO. A partir de então aumentou o número de países que
destacaram forças militares para o Afeganistão e, em Dezembro de 2008, o ISAF já
tinha no terreno mais de 50 mil militares de 41 países, provenientes sobretudo
dos países da NATO.
Os Estados Unidos
chegaram a ter 68 mil soldados no terreno e até Portugal, apesar de todas as dificuldades económicas e financeiras por que tem passado, decidiu destacar
forças para o Afeganistão na lógica do "bom aliado".
Segundo a
generalidade dos comentadores a situação afegã está controlada pelas suas forças
políticas e militares democráticas. Por isso, a Holanda tornou-se em 2010 o
primeiro membro da NATO a retirar as suas tropas do Afeganistão. Agora, foi o
Reino Unido, que tendo sido a segunda presença mais numerosa no terreno com 9500 soldados e que
já tinha reduzido a sua força para 5200 militares, veio anunciar que vai
retirar definitivamente as suas forças do Afeganistão. Naturalmente, a impresa
britânica deu grande destaque a essa notícia e, na sua primeira página, a
edição do Daily Mirror fez o balanço da intervenção britânica no
Afeganistão, salientando que finalmente a guerra está a terminar e que, depois
de 13 anos, as forças britânicas tiveram 453 mortos e 2188 feridos, para além
de um gasto de 37 mil milhões de libras, algo mais do que sucedeu na guerra das
Falklands. Um preço muito elevado, indeed!
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