Os XXIII Jogos
Olímpicos de Inverno foram hoje oficialmente abertos em PyeongChang, na Coreia
do Sul, com uma espectacular cerimónia de abertura que também ficou marcada
pelo cumprimento do Presidente da Coreia do Sul à irmã mais nova do líder da
Coreia do Norte. Este aperto de mão e o facto dos atletas das duas Coreias terem
marchado sob uma bandeira da Coreia unificada no desfile de abertura, são sinais
bem encorajadores de uma aproximação histórica entre as duas Coreias. Foi
realmente um passo importante porque, em termos técnicos, os dois países
continuam em guerra, já que em 1953 apenas foi assinado um armistício. É,
portanto, um raro momento de aproximação que acontece numa época de grande
tensão, embora aparentemente aconteça sem o apoio dos Estados Unidos. Porém, o
grande desafio acontecerá quando terminarem os Jogos Olímpicos e expirar a
“trégua olímpica”, pois só então se poderá ver se esta aproximação tem pernas
para andar.
No que respeita
aos aspectos desportivos dos Jogos Olímpicos, os principais aspectos a
salientar são a participação de atletas de 92 países, que competirão em 15
disciplinas de inverno e poderão ter acesso a 102 finais.
As maiores
delegações presentes em PyeongChang vieram dos Estados Unidos e do Canadá. A
participação portuguesa é meramente simbólica e será assegurada por dois
atletas: Arthur Hanse e Kequyen
Lam.
Arthur Hanse é descendente de emigrantes portugueses,
vive em Lyon e vai competir em slalom gigante e slalom; Kequyen Lam é filho de
pais chineses que fugiram do Vietnam para Macau por causa da guerra
sino-vietnamita e que, mais tarde, emigrou para o Canadá onde vive e vai
competir em esqui de fundo.
Muitos jornais internacionais como o US
Today dedicaram as suas edições de hoje aos Jogos Olímpicos, mas a imprensa
portuguesa ignorou o assunto. É compreensível.
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