quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

A falta de chuva e a seca meteorológica

A falta de chuva e a consequente seca meteorológica estão a criar grandes problemas em Portugal, sobretudo em relação ao abastecimento público de água, à produção de energia hidroeléctrica, à irrigação das explorações agrícolas e à regeneração das pastagens que afecta a actividade pecuária. Na sua edição de 15 de Janeiro, o jornal Público alertava que “quase todo o país estava em seca meteorológica“, no dia 26 de Janeiro a edição do Jornal de Notícias informava que “a seca alarma a agricultura e agrava a qualidade da água” e, no dia 30 de Janeiro, o Diário de Notícias destacava que “a falta de chuva pode ‘hipotecar’ campanhas agrícolas deste e do próximo ano”.
A seca em Portugal iniciou-se em Novembro e tem-se agravado nas últimas semanas em todo o território nacional, conforme foi relatado pela comunicação social nas últimas semanas, sendo mais severa no sul e no nordeste transmontano. O governo já tomou diversas medidas para minimizar os efeitos da seca, destacando-se a interdição ou condicionamento da produção de hidroelectricidade nas barragens de Alto Lindoso, Alto Rabagão, Vilar/Tabuaço, Cabril e Castelo do Bode, bem como a interrupção da utilização de água para rega na albufeira algarvia da Bravura, em Odeáxere. 
O curioso desta situação é-nos mostrada na edição de hoje do jornal La Región, de Ourense, ao noticiar que Portugal estabeleceu limites à produção de electricidade no Lindoso, acrescentando que “la decisión de las autoridades lusas responde a la sequia y trata de evitar daños ecológicos com una medida que contrasta com la inacción de las espanõlas pese a vivirse la misma situación”. Significa que, por vezes, andamos à frente dos nossos vizinhos e dos nossos parceiros comunitários.

 

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