terça-feira, 30 de abril de 2013

Até ele anda à procura do consenso



A política anda muito agitada porque as coisas não têm corrido bem, não só porque os tempos estão muito difíceis por esta Europa que cada dia se encaminha para a fragmentação, mas também porque há demasiada arrogância e pouca humildade naqueles que nos governam e que estão a dar uma imagem de incompetência, falta de imaginação e ausência de coragem. 
Os tempos em que diziam não precisar de mais tempo nem de mais dinheiro já passaram e os conselheiros do tipo catroga, borges, nogeira e moedas, que tantas ilusões venderam, estão ausentes. Agora, no meio da tempestade em que se meteram, descobriram que era necessário o consenso e não falam noutra coisa. Até o contabilista-mor, ou representante da troika no governo, insiste no consenso para apoiar as suas ideias lunáticas e aberrantes de aplicar medidas de austeridade cada vez mais severas para satisfazer os especuladores internacionais, mesmo que essas políticas conduzam ao desemprego e ao empobrecimento dos portugueses. Ao fim de dois anos de governo, o homem ainda não percebeu que a austeridade mata a economia e comporta-se como um pequeno lacaio do ministro Wolfgang Schauble, o homem que disse, a partir de Berlim, que as críticas à Alemanha resultam da inveja. Já aqui tínhamos referido em Janeiro que “há um cavalo de Tróia no nosso governo” e, depois, em Fevereiro, chamamos a atenção para “o agente favorito da troika”. Hoje ninguém tem dúvidas disso e não é para admirar esse comportamento de um funcionário que foi director-geral do Banco Central Europeu e conselheiro na Comissão Europeia, isto é, estudou muito e andou sempre por bons lugares, mas que percebe muito pouco de economia e não compreende que a dignidade nacional é um valor.
Mas afinal, para quem é que ele governa? Para os especuladores ou para os portugueses? O jornal i destaca hoje que ele está isolado no governo. Deve estar. Então que se vá embora para vermos se ainda é possível seguir outro caminho.


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