Numa altura em
que a Boeing atravessa uma grave crise em consequência dos acidentes com o seu modelo
737 Max, a China avançou com a maior encomenda alguma vez feita ao construtor
europeu Airbus.
O avião Boeing 737
Max parecia dominar o mercado aeronáutico e a Boeing já tinha registada uma
carteira de 4316 encomendas, mas porque apenas foram entregues 86 aviões, havia
uma lista de espera de 4230 unidades. Entretanto, aconteceram os acidentes com
o voo Lion Air 610 que se despenhou no mar de Java, na Indonésia, e mais
recentemente, com o voo ET 302 da Ethiopian Airlines. Os voos do 737 Max foram
suspensos, muitas encomendas foram canceladas e as acções da empresa tiveram
uma brutal queda na Bolsa.
Foi nesse contexto que
foi assinado em Paris, na presença de Emmanuel
Macron e de Xi Jinping, que está em visita oficial a França, o contrato para a
aquisição de 300 aviões para treze companhias aéreas chinesas. Os aviões serão
construídos na fábrica da Airbus em Tianjin, a norte de Pequim e, a preços de
catálogo, a encomenda custará mais de 32 mil milhões de dólares (custo unitário
da ordem de 100 milhões de dólares). Assim, os franceses aproveitaram a tensão
comercial que o Donald criou com os chineses e, segundo o jornal La
Dépêche du Midi, bateram o seu próprio record de encomendas.
Tal como a
recente encomenda de submarinos pela Austrália animou a região da Bretanha, também esta
encomenda entusiasmou a região de Toulouse, até porque se estima que até 2037 a China terá
necessidade de 7400 aviões de passageiros e carga.
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